terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Megola ‘Turismo’ (1922)

No próximo dia 5 de Fevereiro terá lugar em Paris o primeiro leilão europeu de 2011 da conceituada leiloeira londrina Bonhams, onde será colocada à venda, entre outras, aquela que é talvez a mota de produção menos ortodoxa que alguma vez foi concebida... a Megola!



Criada por Fritz Cockerell (1889-1965), esta rara mota distingue-se imediatamente de todas as outras pelo seu curioso motor radial de 5 cilindros de válvulas laterais com 640cc, embutido na roda da frente, debitando uma potência aproximada de 14 bhp (10 kW) e capaz de propulsionar a Megola até uma velocidade máxima perto dos 90 km/h.

Como se pode observar pelas imagens e contrariamente ao que é normal nos motores radiais (vulgarmente utilizados nos aviões de hélice, antes da introdução dos motores a jacto), este motor gira juntamente com a roda, mantendo fixo o seu eixo que é, nem mais nem menos, o próprio cubo da roda. Sem embraiagem e sem caixa de velocidades, a única forma de colocar o motor em funcionamento é empurrar a mota e saltar para cima desta (em alternativa pode-se girar a roda da frente com o descanso em baixo).



O quadro de formato aberto (tipo scooter) consiste numa “caixa” em aço soldada e rebitada, albergando o combustível na sua secção frontal, o qual é bombeado para um tanque montado no lado direito da suspensão dianteira de mola de lâminas.

Foram produzidas versões de cariz turístico e desportivo da Megola, primeiramente com assentos e posteriormente com selas, com alguns modelos a ostentarem uma suspensão traseira baseada em molas de lâminas.

Apesar de sua aparência um pouco estranha, a Megola obteve um bom desempenho nas competições por intermédio de pilotos como Toni Bauhofer, Josef Stelzer e Albin Tommasi, com a versão de corrida a atingir praticamente os 140 km/h de velocidade de ponta.



Apenas cerca de 2.000 exemplares foram fabricados entre 1921 e 1925 desta mota de origem alemã, e os poucos que sobreviveram são actualmente muito bem cotados e apreciados por coleccionadores.

O modelo apresentado é a versão de turismo de 1922 e foi restaurado por volta de 1990, apresentado na 10.ª edição do Salon Moto Légende (2007) e testado pela publicação francesa La Vie de la Moto (nº 231 de Agosto de 1998). Estima-se que atinja um valor de venda na ordem dos € 145.000,00 – € 200.000,00.

Fonte: The mot’Art

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

RaceChrono



Quer se queira quer não, quando se conduz um veículo num circuito, seja ele uma mota ou um carro, os tempos cronometrados estão sempre presentes. Mesmo que seja só por diversão, fica a interrogação sobre qual o tempo obtido por volta e qual a mais rápida da sessão.



Para se conseguir a medição dos tempos por volta, é normalmente utilizado um sistema tecnologicamente sofisticado baseado na utilização de transponders nos veículos, células de medição na pista, computadores e técnicos, bem fora do alcance do comum amador.

Com a actual banalização dos sistemas por GPS, existem diversos produtos disponíveis que podem ser utilizados por qualquer pessoa. Entre eles encontra-se o RaceChrono, um software tipo ‘lap timer’ sempre em evolução. É fácil de instalar e de usar, divertido e gratuito. Basta ligar e levá-lo no bolso para a pista.



Com um vulgar telemóvel tipo ‘smart phone’ com GPS, o utilizador fica com um ‘datalogger’ de grande utilidade, com dezenas de circuitos disponíveis abrangendo vários locais do mundo, incluindo, naturalmente, Portugal.



Aqui está uma excelente ferramenta para ser instalada e experimentada pelos speed freaks nos track days.

Fonte: Café Racer 351

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As novas cores de Rossi para 2011



Depois da dupla Max Biaggi/Aprilia RSV4 Factory ter arrasado a concorrência em 2010 no mundial de SBK, com a conquista do respectivo campeonato, chega agora a hora dos tifosi vibrarem ao mais alto nível com outra equipa 100% italiana que é, sem dúvida, a mais mediática do momento do plantel do mundial de MotoGP, a Ducati Desmosedici GP11 oficial com Valentino Rossi aos seus comandos.



Após a tão falada (e certamente milionária) transferência de Rossi da Yamaha para a Ducati e com o piloto a apresentar-se em boa forma (mais magro), espera-se que a temporada de 2011 seja fértil em boas corridas, com grande espectáculo nas pistas e muita emoção nas bancadas.



Será que o 10º título mundial vem a caminho?

Fonte: Motociclismo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Hélder Rodrigues no pódio do Dakar 2011

Um resultado histórico para Portugal.



Depois de ter perdido duas etapas de modo inglório e quando já nada o fazia prever, face aos quase 45 minutos de atraso para o chileno Francisco Lopez Contardo, o saldo da participação do piloto Hélder Rodrigues no Rali Dakar Argentina-Chile 2011 dificilmente poderia ter sido melhor, conquistando, finalmente, um (já merecido) lugar no pódio.



De cortar a respiração! Foi assim o final do Dakar 2011, onde Hélder Rodrigues alcançou o terceiro lugar da classificação geral e escreveu assim mais um capítulo da história do desporto português. Depois de ter sido o segundo mais rápido na derradeira especial cronometrada, cedendo a vitória na etapa ao belga Verhoeven (BMW G 450 RR) por escassos cinco segundos, Rodrigues teve que esperar na meta pela chegada de Francisco Lopez Contardo (Aprilia RXV 450 Tuareg) que sofreu vários problemas mecânicos e acabou por perder 1h12.29 nos 181 quilómetros desta secção. Feitas as contas, o piloto de Almargem do Bispo respirou de alívio e juntou-se a Marc Coma e Cyril Despres no pódio da competição.



Hélder Rodrigues era assim um piloto realizado no regresso a Buenos Aires:

“Hoje mantive a mesma atitude dos últimos dias e consegui ser muito rápido. Subir para o pódio foi desde a primeira hora o meu grande objectivo e acabo por consegui-lo por mérito próprio, pois o Dakar é um teste a todos os níveis. A minha Yamaha WR 450 portou-se à altura, o Francisco Lopez teve problemas e a mecânica da sua moto não resistiu e assim trocámos de posição. Como tinha afirmado antes, o Dakar só acaba mesmo na última etapa e até lá tudo pode acontecer. Estou naturalmente muito feliz por este resultado e motivado para continuar a representar Portugal ao mais alto nível no palco do Dakar!”



Feitas as contas, Hélder Rodrigues (Yamaha WR450F) termina a sua quinta participação no Rali Dakar com o 3º lugar da geral, atrás do francês Cyril Despres (KTM 450 Rally Replica Factory) e do espanhol Marc Coma (KTM 450 Rally Factory Replica).



Igualmente meritório foi o resultado final alcançado pelo piloto Ruben Faria (KTM 450 Rally Replica Factory) que tinha como missão ser o “aguadeiro” de Cyril Despres nesta dura prova, acabando por conquistar um honroso lugar entre os dez primeiros (8º lugar) e tendo terminado inclusive a 1ª etapa à frente de toda a concorrência (posteriormente penalizado, infelizmente).

Parabéns!

Fontes: Hélder Rogrigues e Dakar

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

HR30 - BOSS



Depois de ter efectuado um restyling à famosa scooter da Piaggio, a Vespa, Hélder Rodrigues pegou na popular Casal BOSS...



... “deu-lhe a volta” e o resultado final foi este:



Uma proposta equipada com uma motorização mais abrangente e ecológica, um pequeno monocilindrico a 4 tempos de 125 cc, substituindo assim o original e mais poluidor 2 tempos de 50cc.



Com um ar mais jovem, moderno e actual, a HR30-BOSS mantém ainda assim uma estreita ligação ao modelo inicial, especialmente através das cores que a celebrizou.

Fonte: 3D a Brincar

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Joey ‘KING OF THE ROADS’ Dunlop

Escrever sobre Joey Dunlop é referir não só a sua brilhante carreira desportiva como piloto de corridas de motas, com particular ênfase para as corridas de estrada (road racing), mas também a sua grande dedicação às causas humanitárias. Nascido em Ballymoney, na Irlanda do Norte, este homem de grande fibra é considerado um dos maiores ícones do motociclismo mundial de todos os tempos e o 3.º maior desportista Irlandês de sempre.



A história do IOMTT (as centenárias corridas de estrada da Ilha de Man) ficará para sempre marcada pela sua brilhante participação ao longo de 24 anos (1976-2000), onde obteve um conjunto de resultados verdadeiramente fora de série e que só estão ao alcance de alguns (muito poucos) sobredotados, destacando-se o recorde absoluto de 26 vitórias na Ilha (em várias categorias, superando pilotos lendários como Mike Hailwood, Giacomo Agostini, Phil Read, Geoff Duke e John Surtees, entre muitos outros) com três “hat-tricks” nos anos de 1985, 1988 e 2000.

Com o seu característico capacete amarelo e (quase) sempre aos comandos de uma Honda com o n.º 3, Joey venceu o Grande Prémio do Ulster por 24 vezes (em diferentes categorias) entre 1979 e 1999.

Em 1986, Dunlop conquistou pela 5.ª vez consecutiva o Campeonato do Mundo de TT Fórmula 1 (como curiosidade, refira-se a obtenção do 1.º lugar nas corridas de F1 TT disputadas em Vila Real em 1985 e 1986).


Estátua erigida em sua homenagem pela organização do IOMTT

Aqui fica o resumo da sua carreira, brutalmente interrompida no dia 2 de Julho de 2000 quando liderava uma corrida de 125cc disputada em Tallinn, na Estónia (já tinha vencido as corridas de 750cc e 600cc desse mesmo evento):







No ano de 1997, Joey Dunlop participou no IOMTT aos comandos desta magnífica Honda RVF750/RC45 (modelo este que serviu de inspiração para a R46 de estrada, ou seja, a Honda VFR 800 Fi de 1998-2001):



Aqui ficam estas impressionantes imagens onboard da sua apurada condução a mais de 250 km/h nas espectaculares e perigosas estradas da Ilha de Man, devidamente comentadas pelo próprio.



Esta é a minha humilde homenagem à GRANDE figura que foi Joey Dunlop, KING OF THE ROADS!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

HR29 - BRUT



A HR29-BRUT é, como a sua designação deixa perceber, uma mota “bruta” desenvolvida essencialmente em torno de um volumoso e potente motor constituído por dois blocos de 4 cilindros cada, numa configuração em ‘V’ tipicamente Americana.



O objectivo de Hélder Rodrigues em criar um modelo que se adaptasse ao enorme V8, sem lhe retirar protagonismo mas que simultaneamente não destoasse do conceito, foi, na minha modesta opinião, bem conseguido.



Assim, a opção de design foi para uma moto do estilo “naked” que assenta num quadro rígido que envolve o motor, com uma suspensão frontal robusta para suportar o enorme peso do conjunto, com a colocação lateral do radiador (entre o motor e os colectores) e a localização do escape por baixo do próprio motor para uma melhor distribuição de massas e um resultado mais limpo em termos estéticos.



Na traseira de aspecto minimalista destacam-se o pneu de dimensões bem generosas e a bonita jante de 6 apoios, tudo graças à inclusão de um monobraço para a suspensão.

Fonte: 3D a Brincar

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Em perfeita comunhão

Nada melhor para começar o ano de 2011 do que estas imagens seleccionadas do filme de culto Easy Rider (1969), retratando a grande aventura de dois motociclistas pelo Sul e Sudoeste do Estados Unidos da América na década de ’60 do século passado (no auge do movimento hippie), imbuídos num espírito livre e de grande companheirismo, através de um cenário repleto de magníficas paisagens naturais de cortar a respiração.



Perfeita comunhão entre a mota e a estrada. Que mais se pode pedir...