Não é de
estranhar que as motos antigas ou clássicas necessitem de maiores cuidados e
manutenção quando comparadas com as máquinas dos nossos dias. São veículos de
outros tempos, concebidos com uma tecnologia necessariamente menos evoluída e
com os materiais disponíveis à data, conferindo-lhes uma fiabilidade mais
limitada. Mas são também estas características que as tornam únicas e é
precisamente aí que reside grande parte do seu fascínio enquanto veículos de
época.
Ora quem tem
este tipo de motos nas suas garagens, certamente que, com alguma frequência,
lhes dedica uma boa parte do seu tempo a cuidar delas. E porquê fazê-lo no chão,
numa posição desconfortável e pouco natural? A solução poderá passar por uma
bancada de trabalho, também ela clássica (para manter o espírito da coisa), tal
como esta em madeira do período da Segunda Guerra Mundial:
Via
Encontrar
um exemplar destes nos dias de hoje não deve ser tarefa fácil. Mas graças ao manual
Motorcycle
Mechanics Handbook, editado em 1943 pelo Exército Americano, mais
precisamente pelo Departamento de Motos da Escola de Cavalaria sediada em Fort
Knox (Kentucky), onde eram formados os condutores e os mecânicos de motos, é
possível replicar esta bancada com base nos esquemas nele incluídos:
Via
Simples,
engenhoso e funcional. E para quem se quiser aventurar no DIY (faça você
mesmo), tem aqui e aqui algumas dicas para a sua
construção. Mãos à obra!
Fonte: Just
a Car Guy
Na linha
das edições anteriores, realizou-se no terceiro
fim-de-semana de Março a XVI Automobilia
Ibérica, uma organização conjunta do Histórico Automóvel Clube do Entre
Tejo e Sado (HACETS) e da Câmara Municipal da Moita.
Cartaz. Via
A feira
da Moita marca o arranque da temporada de feiras e exposições nacionais
dedicadas aos veículos antigos e clássicos. Nesta edição de 2019 foram 77 os
expositores que se distribuíram pelos habituais dois pavilhões e galeria do Pavilhão
Municipal de Exposições. Durante os dois dias em que decorreu o evento,
a organização estima que a Automobilia Ibérica tenha tido a presença de mais de 10.000
visitantes.
Pavilhão 1.
Por entre
inúmeras peças e acessórios de todos os tamanhos e feitios, podiam ver-se também
muitos artigos coleccionáveis relacionados com a temática dos clássicos, incluindo
brinquedos, ferramentas, máquinas antigas, revistas, jornais, folhetos, manuais
e catálogos. Em relação às duas rodas foi possível encontrar um bom número de
motorizadas de fabrico nacional, restauradas e por restaurar, juntamente com outras
motos de origem japonesa, inglesa, francesa, alemã, italiana e espanhola, que muito
provavelmente fizeram parte dos negócios que se realizaram na feira (pelo menos
algumas delas).
SIS-Sachs Minor GT 50cc (1.350 €).
Kreidler Florett K54 50cc
(1.750 €).
Solex Flash 50cc.
TWN Cornet 200cc (1.000 €).
Motobécane Mobylette AV32 50cc
de 1954, VeloSolex 45cc de 1952 e Monet-Goyon M11 100cc de 1933.
Famel Victoria Cinco
Estrelas 50cc (1.600 €).
Suzuki GT 125cc (2.900 €).
Bultaco Sherpa 350cc (3.000
€).
Kawasaki GPZ 400cc (2.000
€).
Yamaha DT 360cc (2.000 €).
Famel XF-17 50cc, Confersil
604 GT-6V 50cc, Confersil Monza 2000 50cc (2.000 €) e SIS-Sachs V5 50cc.
BSA B40 350cc (2.200 €).
Piaggio Vespa 50cc (750 €).
Motalli POP 50cc (400 €).
SIS-Sachs Lebre 50cc (600
€) e Kreidler Florett RS 50cc (1.500 €).
Honda P50 50cc a 4T (1.000
€).
Acma Vespa 125cc de 1957
(5.000 €).
Koehler-Escoffier Starlett 100cc de 1954 (1.500 €).
Motobécane B1V2 100cc de
1936 (1.750 €).
Terrot ETD 125cc de 1951
(1.800 €).
Casal Mamute 50cc.
Micromotor Cucciolo 50cc a
4T (1.600 €).
Macal Husky 50cc (400 €).
ASV Macal Vanguard 500S
50cc.
Honda SS 50Z 50cc a 4T
(5.250 €).
Heinkel Kabine de 1957 e
Heinkel 150cc, do Clube Amigos da Heinkel-Portugal.
Estes veículos
e muitos outros pontos de interesse justificaram a deslocação e a visita à XVI
Automobilia Ibérica da Moita.
