terça-feira, 30 de outubro de 2012

GP Austrália Moto3 - Miguel Oliveira em segundo

Miguel Oliveira culminou uma brilhante exibição com a conquista do 2.º lugar na corrida de Moto3 do G.P. da Austrália, onde apesar de nunca ter corrido no circuito de Phillip Island conseguiu uma boa adaptação à pista australiana. Esse passa a constituir o seu melhor resultado – e de um piloto português – em provas do “Mundial” de Velocidade, que valeu também a subida de Oliveira ao 7.º lugar no Campeonato.

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Nesta penúltima jornada do Campeonato, Miguel Oliveira conseguiu o 6.º tempo na qualificação, mas no “warm up” ainda apanhou dois sustos com outras tantas quedas devido a problemas de estabilidade na dianteira da moto. Na corrida, durante a primeira meia dúzia de voltas evoluiu entre o 8.º e º 5.º lugares, mas a partir da sétima passagem à pista começou o festival, com o piloto da Charneca da Caparica solidamente instalado no 2.º posto.

Na maior parte da corrida Oliveira seguiu como uma sombra o novo campeão mundial, Sandro Cortese, numa cavalgada que lhes permitiu escapar à concorrência. O germânico atacava forte, já livre de qualquer compromisso táctico por ter garantido a conquista do título na jornada anterior, e Miguel luzia os seus talentos na perseguição. Já perto do fim ainda comandou durante duas voltas – nas 18.ª e 19.ª de vinte e três efectuadas – mas depois Cortese recuperou em definitivo a posição. Em boa ordem, Miguel Oliveira garantiu o 2.º lugar, resultado histórico e que rendeu uma mão cheia de pontos para o Campeonato. 

Na síntese do despique com Cortese, Miguel Oliveira foi claro: “Consegui manter o ritmo dele e no final, quando me passou, optei por conservar a segunda posição”. Naturalmente, o português ficou muito satisfeito com esta segunda subida ao pódio na sua carreira mundialista: “Estou muito contente com este pódio, acho que toda a equipa o merece. Foi uma temporada com altos e baixos, felizmente nesta última parte temos vindo a subir aos poucos e a aprender bastante. Isto é muito positivo para mim”, concluiu.

Com este resultado, Miguel Oliveira tem já garantido que terminará o Campeonato entre os nove primeiros, faltando definir a posição. Neste momento ocupa o 7.º lugar, tem poucas hipóteses de alcançar o 6.º, mas se terminar a última corrida entre os onze primeiros não ficará abaixo de 8.º na tabela de pontos. O principal despique será com o malaio Khairuddin, mas a jornada final da época realiza-se no Circuito de Valência, uma pista que Oliveira conhece muito bem. Para já, e até ao segundo fim-de-semana de Novembro, é tempo de saborear este excelente resultado obtido na Austrália. 


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Campeonato: 1.º Sandro Cortese (KTM) 305 pontos; 2.º Luis Salom (Kalex KTM) 208; 3.º Maverick Viñales (FTR Honda) 199; 4.º Alex Rins (Suter Honda) 141; 5.º Romano Fenati (FTR Honda) 136; 6.º Danny Kent (KTM) 129; 7.º Miguel Oliveira (Suter Honda) 114; 8.º Zulfahmi Khairuddin (KTM) 112; etc.

Fonte: Federação de Motociclismo de Portugal

sábado, 27 de outubro de 2012

Yamaha Virago XV750 Café Racer

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No mundo das duas rodas a expressão café racer está normalmente associada às motas clássicas inglesas dos anos 50 e 60 do século passado, com motores bicilíndricos paralelos, devidamente “aligeiradas” em termos de peso e “tonificadas” em termos de potência, aproveitando muitas vezes o que de melhor existia à data relativamente a quadros e motores das diversas marcas (as famosas Triton, TriBSA ou Norvin, por exemplo).

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Mas tal como um bom vinho, poder-se-á dizer que o estilo café racer foi amadurecendo ao longo dos anos, acompanhando também a evolução natural das motas, e está verdadeiramente na moda, fundindo-se muitas vezes com outros estilos em torno da chamada kustom kulture (bobber, tracker, scrambler, brat, etc.), conquistando cada vez mais adeptos das motas minimalistas e esteticamente de mecânica limpa. 


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Estas considerações vêm a propósito da Yamaha Virago XV750 Café Racer, magistralmente concebida por Greg Hageman da Doc's Chops para a segunda temporada da série Café Racer TV do Discovery Channel, configurando um dos (poucos) exemplos de sucesso de transformação de uma base (neste caso japonesa) com um motor v-twin que à partida seria mais apropriada para uma cruiser tal como é a Virago 750cc de 1982, numa bela café racer de aspecto moderno e musculado.

Yamaha Virago XV750 (1982). Via 

Em traços gerais, esta é a relação do que foi aplicado pela Doc's Chops na Yamaha Virago XV750 Café Racer:

Quadro: De série
Sub-quadro: Fabricado
Motor: V-twin 750cc 
Alimentação: Carburadores Dynojet (filtros K&N)
Braço oscilante: De série 
Mola traseira: Showa
Clip-Ons: Tarozzi 
Assento: Moto Lanna (Yamaha SR 500)
Depósito: Benelli Original NOS 
Rear Sets: Tarozzi
Radiador: De série 
Roda traseira (tamanho): 15 x 3”
Roda dianteira (tamanho): 18 x 3” 
Pneu traseiro: Bridgestone Spitfire 140/90-15
Pneu dianteiro: Bridgestone Spitfire 120/90-18 
Escape: Jardine
Pintura: Kenny Chains 


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Como curiosidade, refira-se o facto de Greg Hageman ter concebido posteriormente a Yamaha Virago XV920 Café Racer (a pedido de um cliente), onde a principal alteração em termos mecânicos relativamente à Virago 750 Café Racer foi a inclusão de um motor v-twin de 920cc de uma Virago XV920 de 1982, com o sistema de escape composto por duas ponteiras SuperTrapp, uma de cada lado da mota.

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Aqui ficam algumas imagens de um teste dinâmico efectuado à Yamaha Virago XV750 Café Racer: 



Sendo eu um adepto dos motores em ‘V’ (ou não tivesse uma VFR), na minha modesta opinião esta é a mais interessante café racer construída em torno de num motor v-twin. 

Fontes: Return of the Café Racers e Bike Exif

terça-feira, 23 de outubro de 2012

GP Malásia Moto3 - Miguel Oliveira em quinto

Miguel Oliveira conquistou mais um bom resultado na sua campanha mundialista na classe Moto3. Na Malásia terminou a corrida no 5.º lugar, a 8,6s do vencedor e novo campeão mundial, Sandro Cortese. Assim, Oliveira consolidou a 8.º posição que ocupa no Campeonato.

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Nesta fase oriental do “Mundial” de Velocidade, Miguel Oliveira está a descobrir circuitos onde nunca tinha competido, como este de Sepang. Apesar desse “handicap”, o lusitano patenteou rápida e eficaz adaptação à pista malaia, conseguindo o 6.º melhor tempo na qualificação, para concluir a corrida no 5.º posto. Durante a maior parte da corrida Oliveira foi oscilando entre os 7.º e 5.º lugares, tendo mesmo passado pelo 4.º posto nas últimas voltas. Em detalhe, na primeira metade da prova quatro pilotos escaparam à concorrência, ficando o lusitano num segundo grupo composto por três elementos. “Acompanhar o ritmo das KTM foi mesmo complicado, já que abriram um fosso nas primeiras voltas que não conseguimos recuperar mais tarde”, explicou Oliveira. 

Entretanto, a luta do segundo grupo passou a travar-se pelo 4.º posto, colocando Oliveira em renhido confronto com Luis Salom e Danny Kent. À frente, o alemão Sandro Cortese saudava a conquista do título com uma vitória, após vibrante despique com o ídolo local, o piloto malaio Zulfahmi Khairuddin, ficando Jonas Folger no 3.º posto. Depois, o espanhol Luis Salom obteve o 4.º lugar, batendo Miguel Oliveira por magros 171 milésimos de segundo. Muito eficaz nos sectores sinuosos mas perdendo um pouco para a concorrência em velocidade de ponta nas rectas, Miguel Oliveira voltou a fazer uma boa gestão da sua corrida, atacando de forma segura em momentos oportunos. “Fisicamente, foi uma das corridas mais exigentes que já disputámos”, declarou no final. “Apesar da dureza da prova, estamos satisfeitos com o resultado”. 

Após esta 15.ª jornada do “Mundial” para a classe Moto3, o piloto português mantém o 8.º lugar no Campeonato, ainda com algumas hipóteses de subir na tabela, mas também sujeito à pressão do perseguidor imediato, o alemão Jonas Folger. A penúltima prova da competição terá lugar já no próximo fim-de-semana, no circuito australiano de Phillip Island. 

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Campeonato: 1.º Sandro Cortese (KTM) 280 pontos; 2.º Luis Salom (Kalex KTM) 207; 3.º Maverick Viñales (FTR Honda) 199; 4.º Alex Rins (Suter Honda) 128; 5.º Romano Fenati (FTR Honda) 126; 6.º Danny Kent (KTM) 118; 7.º Zulfahmi Khairuddin (KTM) 112; 8.º Miguel Oliveira (Suter Honda) 94; etc. 

Fonte: Federação de Motociclismo de Portugal

domingo, 21 de outubro de 2012

Museus e Colecções Particulares #2

Exposição Permanente do Clube Português de Automóveis Antigos

O Clube Português de Automóveis Antigos (CPAA) foi criado com o objectivo de prestar assistência à aquisição, ao restauro, à conservação, à exibição, e à manutenção de veículos antigos, construídos há mais de vinte anos, bem como promover, incitar e expandir o desporto motorizado dos referidos veículos.

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Um pouco de História

No longínquo ano de 1965, um entusiasta por automóveis antigos chamado Francisco Cardoso Lima e o seu irmão Fernando, em conjunto com um grupo restrito de amigos, pensaram em fundar um clube tendo como objectivo principal o culto do automóvel antigo, ou seja, promover o estudo e a preservação das peças de modo a atrair novos entusiastas.

A ideia tomou forma em 1965, no Porto, com a constituição do Clube Portuense de Automóveis Antigos. O verdadeiro entusiasmo que a iniciativa desperta e a adesão de sócios vindos de diversos pontos do país, exigem que na assembleia-geral de Maio de 1967 o clube passe a ter âmbito nacional, denominando-se a partir de então, Clube Português de Automóveis Antigos.

Em 1970 o clube torna-se membro efectivo da FIVA - Fédération Internationale de Véhicules Anciens, sendo ainda hoje o único representante daquela organização. O seu prestígio internacional traduz-se pela organização de ralis internacionais FIVA, nos anos 1972, 1977, 1982, 1994 e 2001, em que estiveram presentes alguns dos mais prestigiados concorrentes não só da Europa como de diversas partes do mundo.

Tendo em vista dar a conhecer o vasto património dos associados, o CPAA realiza em 1971 a 1ª Exposição de Automóveis Antigos, no Palácio de Cristal (Porto), que foi visitada por mais de 100.000 pessoas.

1ª Exposição de Automóveis Antigos – Palácio de Cristal (Porto) – 25 Nov. a 2 Dez. 1971. Via

Em 1973 realizou um evento semelhante na Feira Internacional de Lisboa, em 1988 repete a iniciativa, denominada Retromobile, na Exponor em Matosinhos.

Em 1981 o CPAA foi considerado pelo governo português como instituição de utilidade pública e nesse mesmo ano inaugurou uma sede própria na cidade do Porto (Rua Duque de Saldanha, n.º 308). Entre 1984 e 1988 o CPAA dirigiu o Museu do Caramulo expondo aí veículos propriedade dos seus associados.

CPAA – Paço d’Arcos (Oeiras).

Desde 1994 que o governo português atribui ao CPAA competência para classificar os automóveis fabricados antes de 1960 como antigos, de modo a dispensá-los das Inspecções Periódicas Obrigatórias (IPO). Esta competência abrange agora também as motas, no âmbito do recente alargamento das IPO aos motociclos, triciclos e quadriciclos com cilindrada superior a 250cc.

O clube tem actualmente 2.300 associados e mais de 5.500 veículos registados e devidamente homologados.

A exposição

Desde 1990, dispõe em Paço d’Arcos (Oeiras) de uma pequena exposição permanente dedicada aos veículos antigos de quatro e de duas rodas, bem enquadrada por alguns artigos de automobília e fotos de época, assim como uma grande variedade de pequenos modelos de colecção à escala. A existência de um valioso património permite-lhe ainda efectuar protocolos com o Museu dos Transportes e Comunicações do Porto, bem como com a Empresa Municipal de Turismo de Fafe para a cedência de acervo aos respectivos núcleos museológicos.






Informações

Delegação de Lisboa (Paço d´Arcos):

Morada: Alameda Calouste Gulbenkian, 7 – Paço d´Arcos – 2770-023 Oeiras
GPS: 38º41'57.90"N 9º17'3.36"W
Telefone: (+351) 214 410 633
Fax: (+351) 214 412 378

E-mail: cpaalx@netcabo.pt ; geral@cpaa.pt
Página Web: http://www.cpaa.pt/
Aberto de terça a domingo das 10:00 às 13:00 e das 15:00 às 18:00 horas (visitas guiadas mediante marcação prévia pelo telefone 214 410 633).

Fonte: Clube Português de Automóveis Antigos