quinta-feira, 2 de agosto de 2018

XI Xassos Urban Cup

A pacata vila de Fontes (Santa Marta de Penaguião) foi palco de mais uma edição da corrida mais louca do mundo, neste caso a 11.ª Xassos Urban Cup (XUC), que decorreu durante o terceiro fim-de-semana do mês de Julho.

Cartaz XUC 2018. 

Esta animada corrida de resistência de 3 horas para motorizadas de 50cc a 2T tem lugar nas estreitas estradas e ruas da vila, num circuito com pouco mais de 2 km de extensão e um piso misto de asfalto (70%) e empedrado (30%). 

XUC – Circuito urbano. 

Confesso que já estava com algumas saudades do característico cheiro a óleo e gasolina dos fumarentos e ruidosos motores a 2T das motorizadas que competem neste singular evento, único no país, o qual já tinha visitado em 2014 durante a 7.ª edição (reportagem aqui e aqui).

Rotunda dos Xassos (monumento inaugurado no dia 23 de Julho de 2016, onde consta uma Puch Terremoto oferecida pela equipa madrilena “Team Full Gass”).

As endiabradas máquinas que correm em Fontes, com cilindrada até 50cc e data de fabrico até 31 de Dezembro de 1996, estão divididas nas categorias Xassos (modelos originais na motorização, suspensão, travões e escape, equipados com pneus homologados para uso em estrada) e Pró-Xassos (modelos de produção ou de competição de produção, modificados a nível de motorização, ciclística e travagem, equipados com qualquer tipo de pneus, quer os homologados para estrada, quer slicks de competição). A idade e o género também têm lugar na prova, através das recém-criadas categorias de Veteranos (modelos de produção ou de competição de produção, com pilotos acima dos 50 anos) e Senhoras (modelos de produção ou de competição de produção). Não é permitido trocar de veículo nem de motor durante a corrida.

Fantástica Kreidler Florett #125 da equipa “AMC”, pilotada pelo veterano António Costa. 

Grande animação (incluindo a partida ao estilo “Le Mans”) e muita carolice foi coisa que não faltou às 67 equipas/motos que participaram nesta grande festa das duas rodas, oriundas de diferentes zonas do país e da Europa (61 nacionais, 4 espanholas e 2 luxemburguesas), apesar de algumas delas levarem as coisas um pouco mais a sério. 

Volta de apresentação.

Partida sempre espectacular ao estilo “Le Mans”. 

O ambiente que se vive na “Meca dos Xassos” durante as corridas é, à falta de melhor palavra, intenso... intenso no ruído, intenso no cheiro, intenso no calor, intenso na música e também intenso na competição, claro, apesar dos apelos da organização em lembrar que o que importa é a confraternização e o fair-play em detrimento da classificação final.





Com o passar das voltas o cansaço vai-se apoderando de pilotos e máquinas, é inevitável, já que três horas de corrida (mais cerca de uma hora de treinos) é coisa para causar estragos e “derreter” algum material, especialmente ao nível da mecânica das pequenas 50cc a 2T, já que os pilotos vão-se revezando aos comandos das motorizadas (pelo menos enquanto elas resistirem ao esforço), o que acaba por ser demolidor para muitas das equipas participantes. 




 Zona das boxes. 

O chegar ao fim de uma prova de resistência é, por si só, uma vitória e um motivo de grande satisfação e orgulho, ainda mais quando se trata de uma competição de carácter amador como é o XUC. E ainda bem que assim é. Se for entre os mais rápidos, tanto melhor.

Pódio do XUC 2018. 

Quanto à classificação final da corrida nas diferentes categorias, os resultados podem ser consultados aqui. E para quem não esteve em Fontes, aqui ficam algumas imagens do evento:



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