sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Paulo Gonçalves em 2º

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Depois do segundo lugar de Rúben Faria em 2013 e dos terceiros lugares de Hélder Rodrigues em 2012 e em 2011, chegou a vez de Paulo “Speedy” Gonçalves brilhar com a conquista da segunda posição na 36.ª edição do Dakar (a 7.ª em solo sul-americano).

Top 3 das motas. Da esquerda para a direita: Toby Price (KTM 450 Rally Replica #26 – KTM Rally Factory Team) – 3.º lugar, Marc Coma (KTM 450 Rally Replica #1 – Red Bull KTM Factory Team) – 1.º lugar, Paulo Gonçalves (Honda CRF450 Rally #7 – Team HRC) – 2.º lugar. Via

Durante duas semanas (4 a 17 de Janeiro), a edição de 2015 da grande maratona do todo-o-terreno levou novamente a caravana de motas, quads, carros e camiões a atravessar três países do continente americano: Argentina, Chile e Bolívia. 

Percurso e etapas. Via

Nas motas, a armada portuguesa alinhava à partida para este Dakar com pilotos bastantes experientes e com legitimas aspirações ao pódio final da prova. Foram eles Hélder Rodrigues (Honda CRF450 Rally #5 – Team HRC), Paulo Gonçalves (Honda CRF450 Rally #7 – Team HRC), Rúben Faria (KTM 450 Rally Replica #11 – Red Bull KTM Factory Team) e ainda Mário Patrão (Suzuki RMZ450 Rally #40 – RR Motos - Crédito Agrícola, Suzuki).

Durante treze dias em que foi um dos protagonistas da prova, Paulo Gonçalves manteve aspirações à vitória até final e acabou por concluir o rali na segunda posição, a 16.53m do espanhol Marc Coma. Pelo meio, o piloto de Esposende venceu uma etapa e esteve no pódio em sete das treze disputadas. 

“Devo estar contente com o meu segundo lugar”, declarou Gonçalves. “Mantive-me em 2.º ou 3.º durante todo o Rali, houve uma altura em que fiquei na luta com o Marc, a pouco mais de 5 minutos, mas depois com o problema no motor e os 15 minutos de penalização acabei por praticamente ficar fora dessa luta. Mas tenho de estar contente por mim e pelo trabalho da equipa HRC. Acho que tenho os melhores colegas do mundo, se não fossem eles possivelmente não poderia estar aqui agora a comemorar”.

Paulo Gonçalves. Via

Rúben Faria conquistou mais um expressivo desempenho nesta competição, ao ser 6.º classificado. Resultado bastante positivo, pois Rúben iniciou a acção após dois meses de convalescença de uma clavícula fracturada, o que naturalmente afectou a sua preparação para esta prova. 

Rúben Faria. Via

Hélder Rodrigues iniciou o Rali engripado, mas foi o problema eléctrico registado na oitava etapa que ditou mais de três horas de atraso e a impossibilidade de terminar pelo menos no “top 10”, ele que ganhou duas etapas. Na última etapa, Rodrigues e Barreda aguardaram na pista mais de meia hora por Paulo Gonçalves, para escoltar o seu colega de equipa durante o troço. Só por isso Rodrigues ainda baixou um degrau na “geral”, chegando a Buenos Aires na 12.ª posição. 

Hélder Rodrigues. Via

Já Mário Patrão acabou por desistir na 10.ª etapa, quando voltou a debater-se com problemas mecânicos no início do troço cronometrado – desta vez com a injecção de combustível.
Após ser 30.º classificado nas duas anteriores edições, este ano Patrão falha o objectivo de chegar ao fim.

“Estou fora de prova, triste, exausto, fiz tudo o que podia mas a sorte não me quis acompanhar neste Dakar. Andei todos os dias como se estivesse na minha oficina, em Seia, sempre a reparar a moto pelo percurso, sempre com problemas”, confessou o campeão nacional de TT, que deseja voltar a esta competição. “Se conseguir reunir condições dignas de provar o meu valor, espero voltar e levar por diante um bom Dakar. Esta prova apaixonou-me, pedras no sapato há muitas, resta-me aprender a evitá-las”. 

Mário Patrão. Via 

Outros dados interessantes deste Dakar 2015 são a 5.ª vitória de Marc Coma, o 3.º lugar obtido por um estreante na prova, o australiano Toby Price, e o 4.º posto do chileno Pablo Quintanilla, que tinha desistido prematuramente nas duas anteriores participações. E claro, o melhor resultado absoluto de sempre alcançado por uma senhora, a espanhola Laia Sanz, que chegou a Buenos Aires na 9.ª posição.
Terminaram 79 concorrentes, quase metade dos 161 participantes em moto. 

No final dos cerca de 9.000 km, a classificação geral das motas no Dakar Argentina-Bolívia-Chile 2015 ficou assim ordenada:

Classificação geral das motas. Via

Fontes: Federação de Motociclismo de Portugal e Dakar

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