Bem no coração do bairro do Restelo, em Lisboa, mais propriamente na rua
das lojas de comércio e perto de uma conhecida pastelaria local, uma montra em
particular despertou-me os sentidos graças à sua decoração alusiva à icónica moped VeloSoleX.
Para além da evocação histórica da marca francesa, juntamente com alguma
memorabília, o grande destaque era esta VeloSoleX 3800 de 1969 pertencente a uma
colecção particular:
Habitualmente designada apenas por Solex, a VeloSoleX é uma
bicicleta motorizada cujo conceito remonta ao início dos anos ’40. Foi concebida
durante a Segunda Guerra Mundial pelo fabricante de carburadores Solex (protótipo de
1941) e comercializada pela primeira vez em 1946 (motor de 45 cc a 2T, com 0,4
hp e sem embraiagem, o que implicava ter que ser reiniciado cada vez que o condutor
parava).
As VeloSoleX têm como particularidade a utilização de um motor acoplado na
roda dianteira, com a tracção efetuada por rolo diretamente sobre o pneu, sem
qualquer correia, corrente ou veio de transmissão ligado ao cubo da roda. Com esta
prática solução, a VeloSoleX criou um novo meio de transporte, económico,
confiável e fácil de conduzir, transformando-se rapidamente num enorme sucesso
de vendas.
Referida pela marca como “a
bicicleta que anda sozinha”, durante o séc. XX foram criados diversos
modelos desta popular moped, dos
quais a S3800 lançada
em 1966 foi a mais famosa e a mais vendida (incluindo as versões S3800 Luxe e
S3800 Super Luxe), equipada com motor de 49 cc a 2T, com 0,7 hp, 28 kg e 35
km/h de velocidade máxima.
Detida sucessivamente pela Dassault, Renault e Motobécane/MBK, a
VeloSoleX vendeu mais de 7 milhões de unidades em todo o mundo até a sua produção
cessar em França em 1988. Mais tarde a produção recomeçou simultaneamente na
China e na Hungria, acabando por terminar na Hungria em 2002. A produção em
França foi retomada em 2005 com a e-Solex,
desenhada por Pininfarina e a primeira com motor elétrico. Actualmente a marca
conta com uma gama renovada e equipada apenas
com motorização eléctrica.
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