Figura conhecida e admirada do motociclismo nacional em geral e lisboeta em particular, o sorridente Carlos da Moto Ponto foi uma referência na forma dedicada e descontraída de bem servir os motociclistas, na área dos acessórios e do equipamento para as duas rodas.
Com a sua Bonnie à porta da Moto Ponto. Via
Pessoalmente, conheci o Carlos no ano de 1999 quando me desloquei às instalações da Moto Ponto na Junqueira para adquirir um suporte de top case e um ecrã para a minha primeira mota, uma Honda CB500 de 1996 que comprei em segunda mão.
Sempre com grande disponibilidade, cordialidade e respeito para com os seus clientes (qualidades cada vez mais raras nos dias de hoje, infelizmente), a verdade é que me senti como se estivesse em casa de um amigo, tal o à-vontade com que me ajudou a esclarecer algumas dúvidas, como de seguida contava uma história engraçada relacionada com as motas.
É claro que voltei à sua loja quando, mais tarde, precisei de
adquirir equipamento pessoal, que se traduziu num blusão, numas luvas de
inverno, numas calças e numas botas.
Seguiu-se
o equipamento da minha companheira de viagens, na forma de um capacete
integral, um blusão e umas luvas.A última vez que falei com o Carlos foi durante a compra do meu capacete modular e, após uma deslocação à recém-inaugurada loja em Algés, acabei por voltar à original loja da Junqueira (o seu “cantinho”) onde me ajudou a escolher o capacete que melhor se adaptava às minhas necessidades.
O Tom Vitoín, personagem de BD criada por Luís Pinto-Coelho, também se equipou na loja do Carlos (uma demonstração de apreço do autor, incluído no álbum “As odisseias de um Motard N.º 4”).
Através da sua boa disposição e empatia, o Carlos contagiava todos os que com ele contactavam.
Com Miguel Oliveira no Aeroporto da Portela (Lisboa), na recepção ao piloto nacional após a sua histórica vitória no GP Itália de Moto3. Via
São situações como esta que nos fazem “descer à terra” e reflectir sobre os riscos que corremos cada vez que nos sentamos nas nossas motas... E nunca é demais lembrar aquela máxima que diz “mais vale perder um minuto na vida, do que a vida num minuto”!
R.I.P.
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