terça-feira, 16 de junho de 2015

Lisboa MotoShow 2015

Depois do auspicioso regresso à capital de um salão exclusivamente dedicado às duas rodas em 2013, o Pavilhão 2 da FIL – Feira Internacional de Lisboa recebeu a 2.ª edição do Lisboa MotoShow, que decorreu durante os dias 9 a 12 de Abril.

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Esta edição de 2015 realizou-se em simultâneo com outras exposições nos pavilhões 1, 3 e 4, respectivamente a 45.ª edição da Nauticampo, a feira de viagens Mundo Abreu e a 9.ª edição do salão MotorClássico. 

Excelente moldura motociclística às portas da FIL. 

Contrariamente ao que sucedeu em 2013, o acesso ao Lisboa MotoShow e ao MotorClássico só podia que ser efectuado através da compra de ingressos diferentes, ou seja, um bilhete para o Lisboa MotoShow (€ 5,00), que também dava acesso à Nauticampo, e um bilhete para o MotorClássico (€ 9,00). A feira de viagens Mundo Abreu tinha acesso gratuito.

Ou seja, quem como eu fazia intensões de visitar os salões Lisboa MotoShow e MotorClássico, deparou-se com a necessidade de ter que desembolsar € 14,00 para o efeito (no caso de ir acompanhado, a conta rapidamente subia para os € 28,00)!
Não teria sido preferível juntar a Nauticampo e a feira de viagens Mundo Abreu num ingresso, mantendo a fórmula de 2013 para o Lisboa MotoShow e o MotorClássico?
Feitas as contas, acabei apenas por visitar o Lisboa MotoShow, salão especificamente dedicado às duas rodas, até porque tinha intensão de experimentar uma mota em particular... a nova Honda VFR 800 X Crossrunner.

Test drive da Honda VFR 800 X Crossrunner (será desta que eu troco de VFR?). 

E assim foi. Na solarenga tarde do dia 11 de Abril e ainda antes de ver as motas no Pavilhão 2, desloquei-me à zona dos test drives (junto à entrada Sul) onde, depois das respectivas inscrições e assinatura das declarações de responsabilidade, tive a oportunidade de experimentar alguns modelos que desde há algum tempo me despertavam curiosidade.

Test drive da Harley-Davidson Forty-Eight (uma das minhas Harley preferidas).

Test drive da Triumph Bonneville T100 (neo-clássica intemporal). 

Depois de ter feito o gosto ao punho, seguiu-se o Lisboa MotoShow propriamente dito.
Sem querer fazer uma descrição exaustiva do salão, realço apenas algumas motas que, por uma ou por outra razão, nomeadamente a do gosto pessoal, me chamaram mais a atenção.

Já no interior do Pavilhão 2, iniciei a visita pela esquerda e logo em primeiro plano surgia o stand da Yamaha.
Aqui e nas séries especiais, o destaque ia para a XV 950 ‘Boltage’ e a XJR 1300 ‘Blue Rhapsody’, duas propostas integradas na série Yard Built da casa de Iwata.
A nível nacional, as atenções recaiam na Yamaha SR400 CS_05 ZEN, uma tracker resultante da parceria entre a Yamaha Motor de Portugal, a Revista Motociclismo e o preparador portuense it roCkS!bikes, que tem como principal característica uma pintura bicolor vermelha do lado esquerdo e amarela do lado direito, com apontamentos a branco e negro, que promove a identidade dos intervenientes neste projeto.

Yamaha Yard Built XJR 1300 ‘Blue Rhapsody’ (Keino) juntamente com a Yamaha Yard Built XV 950 ‘Boltage’ (Benders).  

Yamaha SR400 CS_05 ZEN (it roCkS!bikes). 

Na marca de Borgo Panigale encontravam-se, entre outras, as várias versões da recente Ducati Scrambler, apresentadas na última edição do Salão de Colónia – Intermot, bem como a fenomenal Ducati 1299 Panigale S (um sonho!). 

Ducati Scrambler Urban Enduro.

Ducati 1299 Panigale S. 

Mesmo ali ao lado ficava o stand do único fabricante português de motas da actualidade, a AJP Motos, com natural destaque para o mais recente projecto da equipa de António Pinto: a PR7 660 Protótipo.
Com esta trail de média cilindrada, a AJP proporciona o melhor de dois mundos aos amantes das viagens e da aventura, posicionando-se como uma alternativa que garante não só elevada capacidade na pilotagem fora de estrada, mas também conforto e versatilidade.

AJP PR7 660 Protótipo.

No espaço da marca de Mandello del Lario podiam ser vistas as diversas versões da nova geração da neoclássica Moto Guzzi V7, agora designada de V7II.
Produzida em edição limitada, a Moto Guzzi V7 II Racer mantém-se como o modelo mais exclusivo da gama e evocativo do estilo café racer.

Moto Guzzi V7II Racer.  

As famosas scooters italianas da Piaggio não podiam faltar neste salão.
Para além da elegante Vespa 946 (baseada no protótipo Quarantasei apresentado em 2011 no Salão de Milão – EICMA), a nova Vespa Sprint 125cc chamava a atenção, sendo a Vespa “small body” mais desportiva e dinâmica do mercado, cujo conceito está intimamente ligado às Vespas desportivas dos anos 60 e 70.

Vespa Sprint 125cc.  

Na marca que tem uma ventoinha como símbolo figurava a BMW S 1000 XR, um cruzamento de estilos que combina as prestações dinâmicas de uma moto desportiva, a versatilidade de uma enduro e o conforto de uma touring.
Esta fusão resulta num novo conceito denominado sport-adventure, i.e. mota desportiva de aventura, que tem na nova Ducati Multistrada 1200 a sua principal rival (a Honda VFR 800 X Crossrunner de 2015 também se enquadra neste conceito, embora com prestações um pouco mais modestas).

BMW S 1000 XR. 

A britânica Triumph expunha as trail de média cilindrada Tiger 800, bem como diversas versões das suas neoclássicas Bonneville, Scrambler e Thruxton, entre as quais encontrava-se a bonita Triumph Thruxton 900 Ace, uma edição especial evocativa do famoso Ace Café de Londres. 

Triumph Thruxton 900 Ace.

 
O stand da Mash era dos mais pequenos do salão e simultaneamente um dos mais interessantes, na minha opinião, com uma decoração minimalista mas cuidada e onde a exclusiva Mash 500 Von Dutch (série limitada e numerada de 200 unidades), que na realidade é uma 400cc, tinha honras de primeiro plano.
Aliás toda a gama desta marca francesa “made in” china, que apresenta motorizações de 125cc, 250cc e 400cc, possui um design bastante atractivo, de tendência neo-retro inspirada nos anos ’70 e na cultura café racer (a Mash Two Fifty Red e a Mash Café Racer 250 são dois bons exemplos), que aliado a um preço muito competitivo afigura-se como um caso sério de popularidade a breve prazo.

Mash 500 Von Dutch.

Mash Two Fifty Red.

Mash Café Racer 250. 

No âmbito das personalizações mais profundas, a MetalCustom, marca portuguesa nascida no início de 2012 pelas mãos de Bruno Lima (que se especializou em soldaduras TIG, semi-automática, aço inox e ferro), expunha vários trabalhos de customização realizados em motas e bicicletas, dos quais destaco a BMW R60/7. 

BMW R60/7 (MetalCustom). 

Logo ali ao lado ficava o stand da Rod´aventura que divulgava o projecto Adventure Travel Motorcycle Lisbon-Beijing-Lisbon 2015 in Sixty Days, uma longa viagem de mota de ida e volta da capital de Portugal à capital da China (de 1 de Maio a 30 de Junho), na qual Helder Serôdio, Nuno Pires, Pedro Roque e Pepe Brix percorrerão cerca de 20 países, num total de aproximadamente 27.000 km!
Uma das três BMW 1200 GS Adventure “full gear” estava presente no local, juntamente com o curioso atrelado Canyon CL-201 concebido pelo ucraniano Ruslan Korobkov (C-Way Mototrailers).

BMW 1200 GS Adventure com atrelado Canyon CL-201 preparada para a “Adventure Travel Motorcycle Lisbon-Beijing-Lisbon 2015 in Sixty Days”.

No espaço dedicado à marca de Varese havia muitos e bons motivos para uma estadia um pouco mais prolongada para apreciar condignamente toda a gama da MV Agusta.
No entanto e apesar das principais atenções recaírem em dois novos modelos, a Stradale 800 e a Brutale 800 Dragster RR, a bela MV Agusta F3 800 Ago é sem dúvida um exemplar de excepção.

MV Agusta F3 800 Ago.  

A marca japonesa de Akashi apresentava as suas mais recentes novidades, com natural destaque para a monstruosa Kawasaki Ninja H2, uma superdesportiva equipada com um compressor que consegue extrair uns assombrosos 210cv (300cv na Ninja H2R) de potência máxima e 133,5Nm (156Nm na Ninja H2R) de binário máximo do motor de quatro cilindros em linha com 998cc! Apenas sete unidades estão destinadas a Portugal...
Nos modelos de linhas mais clássicas, uma bonita Kawasaki W800 em tom bordeaux fazia as honras da casa.

Kawasaki Ninja H2.  

Kawasaki W800.

A já referida Honda VFR 800 X Crossrunner prendia os olhares de um grande número de visitantes no stand da marca de Hamamatsu.
Esta nova Crossrunner insere-se no actual conceito sport-adventure, mantendo as características que fizeram da VFR a líder do segmento sport-touring e uma mota de grande prestígio ao longo de quase 30 anos (o primeiro modelo remonta ao ano de 1986), devidamente actualizadas na recente Honda VFR 800 F, tais como o monobraço oscilante e o motor V4-VTEC de 782cc, com 16 válvulas, duas árvores de cames à cabeça e refrigeração líquida.

Honda VFR 800 X Crossrunner. 

No final do dia e para acabar em beleza, as irresistíveis sandwich de presunto e queijo da serra são já um must neste tipo de eventos na FIL... :) 

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