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Seguindo a filosofia da britânica Royal Enfield Continental GT 250cc de meados da década de 1960 (sem dúvida uma das motas mais desejadas pelos jovens motociclistas ingleses da altura), o novo modelo de inspiração café racer, muito bonito na minha modesta opinião, é basicamente a primeira mota totalmente nova a ostentar o emblema da Royal Enfield em 40 anos.
Desde que a Royal Enfield fechou as suas portas em Inglaterra no ano de 1967, os modelos da marca (Classic, Bullet e Thunderbird nas versões 350cc e 500cc) passaram apenas a ser produzidos na Índia, nas instalações da antiga fábrica satélite da Madras Motor Company criada em 1949 e que entretanto se tornou numa empresa independente, actualmente sob a designação de Royal Enfield Motors Limited.
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Com um design old school leal ao conceito café racer tipicamente britânico de meados do século XX, a Continental GT representa um enorme passo em frente para a empresa e afigura-se como um modelo realmente diferente dos anteriores produtos baseados na Bullet (a Royal Enfield já tinha apresentado um protótipo de uma café racer na edição de 2010 da Auto Expo, mas era claramente um conceito baseado no quadro da Bullet).
A nova Continental GT agora apresentada tem por base um quadro completamente novo, revelando um nível de acabamento e detalhe tal que lhe confere imediatamente um ar de “pronta para entrar em produção”.
Aqui ficam algumas das características conhecidas da Royal Enfield Continental GT:
Estética
Como é típico do estilo café racer, as linhas deste modelo assentam maioritariamente em torno de um longo e esguio depósito de combustível, pintado num vermelho racing com as palavras ‘Royal Enfield’ nas laterais e ‘Continental GT’ no topo, ao qual se junta um pequeno banco (individual) de cariz desportivo com a habitual “corcunda” na extremidade.
O guiador é composto por um par de “clip-ons” colocados numa posição baixa e os poisa pés situam-se lá para trás, perto da roda traseira e com várias posições de fixação, o que confere uma postura de condução agressiva e bem ao gosto dos “aceleras de café”.
Outros pormenores contribuem ainda para o apuro estético deste belo protótipo, tais como a instrumentação por intermédio de um conjunto de dois mostradores individuais, o escape tipo “megafone” e os espelhos retrovisores fixados nas extremidades nos avanços.
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Motor
A ficha técnica deste motor não é conhecida, nomeadamente os dados relativos à sua capacidade, potência e binário, mas pelo que foi dado a observar, muito provavelmente estaremos em presença do monocolíndrico de 500cc com injecção electrónica que equipa o modelo Classic 500, com cerca de 30cv de potência máxima e um binário máximo um pouco superior a 40 Nm. Mas será que a versão final da Continental GT se ficará por estes valores algo “anémicos”?
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Ciclística
O quadro da Continental GT é totalmente novo e representa uma estreia para a Royal Enfield, numa configuração de duplo berço em detrimento do clássico berço simples onde o motor é parte integrante da estrutura, que equipa os restantes modelos da marca. Com o seu aspecto minimalista e os componentes reduzidos apenas ao essencial (tal como se espera de uma café racer), prevê-se um peso total não muito elevado que irá contribuir para uma melhor performance.
Com um novo quadro, um novo braço oscilante, uma suspensão traseira com amortecedores a gás da conhecida marca Sueca Öhlins (incluindo um amortecedor de direcção) e travões de disco nas duas rodas, estamos em presença de uma mota desportiva de estilo clássico, embora sem dispensar alguma da tecnologia e segurança dos nossos dias.
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Lançamento
A Royal Enfield ainda não avançou oficialmente uma data para o lançamento da Continental GT, mas os responsáveis da marca presentes na Auto Expo mencionaram que a mota poderá ver a luz do dia algures durante o ano de 2013, na Índia.
Caso a Royal Enfield Continental GT seja comercializada mantendo a actual configuração, será mais uma café racer pronta a ir para a estrada sem que os seus proprietários necessitem de efectuar grandes modificações ao conjunto (tal como acontece com as Moto Guzzi V7 Café Classic e V7 Racer, por exemplo). Para aqueles que gostam de levar a coisa um pouco mais além, podem dedicar-se a “cafeinar” o seu motor que, apesar se não serem conhecidos os seus valores de potência e binário, não deverá ser certamente uma referência no meio.
Fontes: Two Wheels e Bike Chronicles of India
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