Hélder Rodrigues (à esquerda) no pódio com Despres e Coma. Via
Em 2011 Hélder Rodrigues só alcançou o 3.º lugar no último dia, devido a problemas sofridos por um adversário, mas desta vez o Campeão Mundial de TT cedo assumiu a posição, na quarta etapa. A partir daí ampliou a vantagem sobre os imediatos perseguidores, patenteando grande rapidez e consistência na acção (obteve 2 vitórias em etapas). Só mesmo dois “monstros sagrados”, Cyril Despres e Marc Coma, estiveram globalmente inacessíveis ao português, até porque as primeiras etapas não correram de feição a Rodrigues – alguns problemas mecânicos desde logo provocaram substancial diferença para os dois primeiros. Independentemente disso, bisar o pódio no “Dakar” constitui uma façanha só acessível a pilotos de eleição.
O Campeão Mundial de TT a caminho de bisar o 3.º posto no “Dakar”. Via
Em jeito de balanço, Hélder Rodrigues (Yamaha n.º 3) considera que “terminar um Dakar é excelente, subir ao pódio é extraordinário. Terminaram à minha frente dois grandes pilotos.” Quanto à evolução da própria prova, Hélder também é claro na análise: “Tive a infelicidade de perder 20 minutos na quarta etapa, e outros 20 dois dias depois, o que tornou quase impossível fazer melhor que o 3.º lugar, como eu tanto ambicionava. Tenho uma excelente moto, mas necessito de maior apoio financeiro para poder ter uma estrutura que me permita lutar pela vitória.”
Ruben Faria (KTM n.º 8) concluiu a prova no 12.º lugar, resultado deveras positivo para um piloto cuja táctica foi sempre condicionada pelas necessidades do seu chefe-de-fila, Despres. Além de averbar 40 minutos de penalização, em algumas etapas Faria também perdeu tempo para esperar pelo francês, quando este partiu à sua retaguarda. Seja como for, uma vez mais o algarvio cumpriu fielmente o seu papel e objectivo prioritário – prestar o melhor contributo para o triunfo de Despres.
Ruben Faria (à esquerda) a escoltar o vencedor, Cyril Despres. Via
Após ter desistido por lesão nas duas edições anteriores, Paulo Gonçalves (Husqvarna n.º 7) voltou a terminar a maratona, mas com um travo amargo face ao resultado. Isto porque o piloto de Esposende esteve em grande destaque, fechou a primeira semana de prova num expressivo 4.º lugar, mas devido a controverso protesto formulado por um adversário, recebeu 6 horas de penalização por alegada ajuda externa na oitava etapa. Gonçalves caiu então para a casa dos “trigésimos”, recuperando até à 26.ª posição final – nada que traduza capazmente o seu forte andamento, embora seja sempre positivo chegar ao fim desta prova.
A polémica na etapa n.º 8: Depois de ter ajudado Cyril Despres, Paulo Gonçalves fica sem a ajuda deste para sair da ratoeira de lama onde ambos foram apanhados
Pedro Bianchi Prata (Husqvarna n.º 46) conheceu alguns problemas e cedo acumulou atraso superior às expectativas traçadas, devido ao pó e a problemas mecânicos, estes registados em duas etapas. Assim, desta vez não fechou o “top
Pedro Bianchi Prata completou a prova na 42.ª posição. Via
Classificação final do Dakar Argentina-Chile-Peru 2012:
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Fonte: Federação de Motociclismo de Portugal
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