Em preparação para a Ilha de Man, onde vai alinhar integrado na estrutura da formação irlandesa da CD Racing, Luís Carreira tornou-se no primeiro piloto português a alinhar na NW200, a segunda mais famosa das corridas de “road racing” da Irlanda, que se realiza desde 1929.
O programa do dia reservado às corridas, o Sábado, constava de cinco corridas, duas de Supersport, duas de Superbike e uma de Superstock, todas com seis voltas, ou seja, cerca de 90 km, sendo que a maioria dos pilotos participa em todas (não seria o caso de Luís Carreira, pois, como “newcomer”, a organização apenas permitia que tomasse parte em três corridas, decidindo-se por duas de Supersport e uma de SBK - com uma moto de preparação Stock).
Com grelhas de mais de sessenta pilotos (64 inscritos em Supersport), Luís Carreira teve uma grande prestação, sendo melhor estreante nas 600 com o 14º lugar da grelha, após ter rodado nos 10 primeiros na primeira sessão de treinos (os treinos são na terça e na quinta, de modo a permitir que os habitantes locais não tenham as suas ruas fechadas ao trânsito mais de 8 horas seguidas).
Após uma semana de chuva alternando com sol, e treinos feitos com piso seco, o Sábado das corridas amanheceu cinzento, frio e chuvoso, e assim permaneceu. Foi este o cenário para a corrida que abriu o programa, a 1ª de Supersport, às 11h00. A animação foi uma constante, e a luta entre Alastair Seeley e Cameron Donald durou até aos últimos instantes. Mais atrás, Luís Carreira começaria por rodar entre os 10 primeiros, estabilizando depois no 11º posto, onde terminaria. Mais seguro da moto e do traçado, a segunda corrida seria, certamente, ainda melhor para o piloto português. Mas... Não se realizou mais nenhuma!
Por volta das 12h00, quando deveria ter lugar a 1ª corrida de SBK, foi anunciado que o paddock deveria ser evacuado, devido a um “objecto suspeito” que teria de ser investigado. Estamos na Irlanda do Norte, e a situação estava tensa devido à visita da Rainha Isabel e Dublin nos dias anteriores.
Continuava a chover, e quando já deveríamos estar quase no arranque da última corrida, ainda se corriam as voltas de reconhecimento para a segunda do dia… Dada a largada, durou apenas pouco mais de uma volta até à Kawasaki de Ryan Farquhar partir o motor, espalhando óleo durante quase 2 km, num traçado citadino e ensopado. A lavagem da zona prosseguiu toda a tarde, sem resultado, e às 17h15 foi anunciado o cancelamento de todas as corridas.
Era o fim da edição 2011 do NorthWest 200, que muitos espectadores “veteranos” classificaram como a pior de que se lembravam nos últimos 20 anos... Valeu pela corrida do Luís Carreira. E agora, venha o TT!
Fonte: Motociclismo
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