A última jornada do CNV
(Campeonato Nacional de Velocidade) de 2013 disputou-se no passado dia 6 de
Outubro na pista do Autódromo Fernanda Pires da Silva e tinha como principal
atractivo assistir às derradeiras lutas pelos títulos que ainda estavam em
disputa.
Ficha da prova. Via
Foi então debaixo de um sol magnífico que máquinas e pilotos se fizeram
à pista, numa tarde de Domingo verdadeiramente de verão (26ºC) que convidava os
motociclistas a tirarem as suas motas das garagens para uns bons quilómetros no
asfalto. Os que o fizeram certamente não ficaram desapontados, e só foi pena
que o destino da maioria desses motociclistas não os tenha levado para os lados
do Autódromo, que mais uma vez teve as suas bancadas praticamente às moscas.
Bancadas praticamente às
moscas num dia de sol magnífico...
É triste (para não dizer outra coisa) ver este ambiente num circuito de
velocidade, mas acaba por ser uma consequência da forma como são, em geral,
(mal)tratadas as provas de motas em Portugal, onde não há grande divulgação na
comunicação social por parte dos promotores/organizadores, com escassa
cobertura por parte de alguma imprensa dita especializada e muitas vezes sem a
existência de um local onde possa ser consultada informação relacionada com os
eventos (lista de pilotos e motas inscritos da prova, resultados finais, etc.).
E se esta situação acontece ao nível dos Campeonatos Nacionais, o que
dizer daquelas provas regionais ou locais que decorrem em território nacional,
mesmo quando algumas já começam a ter alguma notoriedade, como é o caso do GP
Senhora Aparecida (não custava nada disponibilizar esta informação online, através de um site, de um blog, do facebook, etc.).
É realmente necessário encontrar formas de levar os espectadores até às
corridas. Seria uma boa ideia promover um contacto mais próximo com o que se
passa durante as provas, permitindo, por exemplo, o livre acesso à zona do paddock para que o público possa ver de
perto a azáfama das equipas de mecânicos e pilotos em torno das suas máquinas,
num ambiente que se deseja descontraído e (porque não) familiar para observar,
fotografar ou simplesmente “estar lá” e interiorizar a verdadeira atmosfera das
corridas. Quem sabe se desta forma consegue-se meter o “bichinho das corridas”
nos mais jovens...
Via
Feito este parêntesis, voltemos ao programa que o MCE
(Motor Clube do Estoril) definiu para esta segunda deslocação do CNV ao
Autódromo, que começou pouco depois das 15h15 precisamente com a corrida do Troféu
de Motos Clássicas/Fuchs Silkolene, na qual alinharam 15 pilotos (repartidos
entre as classes C3, C2 e C1) para um total de 8 voltas ao traçado de 4,182 km.
A questão da vitória final no troféu já tinha ficado arrumada na
anterior prova de Braga III a favor do jornalista/piloto Alberto Pires, que impôs um domínio
avassalador em todas as corridas com a sua bem preparada Yamaha RD350 LC YPVS #277
da classe C3 (1º em Braga I, 1º no
Estoril I, 1º em Braga II, 2º em Portimão e 1º em Braga III).
Assim e com a ausência de Alberto Pires nesta última prova no Estoril, a
corrida acabou por não ter grande história já que Fernando Pedrinho Martins (Yamaha
TZ350G Spondon #266 do Team
Clássico Racing, a mesma equipa de Alberto Pires) foi o único comandante e
venceu destacado, com 17,831s de vantagem sobre Hermano Sobral (Yamaha TZ350G
#201), que conquistou a segunda posição ao piloto André Caetano do MC Faro (Honda
CB900F Bol d’Or #222) logo na segunda volta.
A posição dos restantes pilotos na corrida ia sendo decifrada à medida
que os mesmos cruzavam a linha de meta no final de cada volta, já que o que era
transmitido ao público através da fraca qualidade do sistema de som instalado
pouco ajudava (quase nunca se percebe o que o speaker diz... mesmo sem as motas a passar!), agravado com a falta
de informação visual sobre o decorrer da prova (bastava um painel
vertical com os números dos pilotos ordenados de acordo com a posição
ocupada, como existem em muitos outros circuitos). Enfim, nada de novo...
Fernando Pedrinho Martins
(Yamaha TZ350G Spondon #266) conquistou a pole-position e a vitória na corrida.
Hermano Sobral (Yamaha
TZ350G #201) obteve o 2.º lugar final.
André Caetano (Honda CB900F
Bol d’Or #222) e António Machado (Yamaha TZ350G #218) foram 3.º e 4.º
classificados, respectivamente.
José P. Barbosa (Honda
CB1100R #227) terminou em 12.º lugar da geral (4.º da classe C3).
Na classe C2, a vitória
sorriu ao piloto José Barbosa (BMW R75/6 #116) graças ao seu 5.º lugar na
corrida, seguido de Francisco Monteiro (Yamaha XS500 #169) que terminou logo
após e de Fernando Sousa (Honda CBR600 #111) que foi o 8.º a cortar a meta.
José Barbosa (BMW R75/6
#116) terminou no 1.º lugar da classe C2 (5.º da geral).
Francisco Monteiro (Yamaha
XS500 #169) e Osvaldo Garcia (Yamaha RD350 #118) foram 2.º e 4.º classificados
na classe C2, respectivamente 6.º e 9.º da geral.
Fernando Sousa (Honda
CBR600F #111) foi o 8.º a cortar a meta e o 3.º da classe C2.
João L. Leandro (Triumph Bonneville
750 #130) concluiu a corrida no 5.º lugar da classe C2 (10.º da geral).
Germano M. Pereira (Honda
900 #119) acabou em 6.º da classe C2 (14.º da geral).
Joaquim Boavida (MotoGuzzi
#120) não foi classificado, ao abrigo do Art.º 21.4 do RNV (Regulamento
Nacional de Velocidade).
Finalmente na Classe C1
(apenas com 3 pilotos), Henrique Ortiz foi o grande vencedor com a pequena
Montesa 350Montjuïc #9, obtendo ainda um honroso 7.º lugar na corrida e suplantando
algumas motas mais potentes da classe C2. Seguiram-se os pilotos Vasco
Rodrigues (BMW R50/5 #22), que foi 11.º na geral, e Cláudia Saraiva (Yamaha
TZR125 #44), a única participação feminina, com a 13.ª posição na corrida.
Henrique Ortiz (Montesa 350Montjuïc
#9) garantiu a primeira posição na classe C1 (7.º lugar na corrida).
Vasco Rodrigues (BMW R50/5
#22) foi 2.º na classe C1 (11.º na geral).
A única participante
feminina Cláudia Saraiva (Yamaha TZR125 #44) ficou no 3.º lugar na classe C1
(13.ª posição na corrida).
Em resumo, aqui ficam os resultados da corrida das motas clássicas no
Circuito MCE II:
Via
Parabéns aos vencedores das respectivas classes:
Pódio da classe C3: 1.º
lugar - Fernando Pedrinho Martins (Yamaha TZ350G Spondon #266); 2.º lugar - Hermano
Sobral (Yamaha TZ350G #201); 3.º lugar - André Caetano (Honda CB900F Bol d’Or
#222).
Pódio da classe C2: 1.º
lugar - José Barbosa (BMW R75/6 #116); 2.º lugar - Francisco Monteiro (Yamaha
XS500 #169); 3.º lugar - Fernando Sousa (Honda CBR600F #111).
Pódio da classe C1: 1.º
lugar - Henrique Ortiz (Montesa 350Montjuïc #9); 2.º lugar - Vasco Rodrigues (BMW
R50/5 #22); 3.º lugar - Cláudia Saraiva (Yamaha TZR125 #44).
Já quanto à classificação final do Troféu de Motos Clássicas/Fuchs
Silkolene de 2013, apesar de não haver dúvidas quanto ao seu vencedor, a mesma foi
suspensa devido a questões levantadas relativamente ao método de pontuação
utilizado.
Alberto Pires (Yamaha RD350
LC YPVS #277) é o grande vencedor do Troféu de Motos Clássicas/Fuchs Silkolene
de 2013. Via
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