quinta-feira, 26 de julho de 2018

Trocar de moto

Certamente que a grande maioria dos motociclistas já foram confrontados com o dilema da troca da moto. E dilema porquê?

A questão muitas vezes prende-se com o clássico “será que vale apena?”. É que por vezes há vontade de mudar de moto mas não há “t€mpo” para o fazer, outras vezes até há disponibilidade financeira para efectuar um novo negócio mas a máquina ainda está em boas condições, outras ainda em que estamos tão “feitos” à moto que há um certo receio em adquirir uma nova, etc., etc., etc. 

Indecisões à parte, uma coisa é certa, a vida é feita de escolhas e como tal há que fazer opções, de preferência ponderadas, esperando que sejam as mais acertadas.

Honda VFR800Fi (RC46) de 2001. 

E tudo isto para dizer o quê? Que ao fim de mais de 17 anos de sã convivência, a opção está feita e a decisão foi tomada... vou trocar a minha Honda VFR800Fi (RC46) de 2001!

Não que esteja descontente com a qualidade ou com as prestações da VFR, muito pelo contrário, mas acima de tudo porque actualmente procuro um pouco mais de conforto nas minhas deslocações, especialmente em viagens mais longas onde os quilómetros acumulados aos seus comandos já deixam algumas marcas no corpo (a PDI não perdoa...). 

E convenhamos, hoje em dia não é tão fácil circular a velocidades elevadas como há uns anos atrás, já que o cada vez mais apertado cerco policial e as inúmeras armadilhas existentes podem custar muito dinheiro ou até mesmo a carta de condução.

Assim, depois de ponderados todos os prós e contras que uma mudança destas acarreta e como não tenho possibilidade de ter várias motos, entendi que era a decisão que se impunha nesta altura. 

Ora sendo eu um adepto de motos tipo “all-round” 1, das mais tradicionais sport/touring às actuais sport/adventure/touring, a minha nova moto sairá provavelmente deste último grupo. A escolha deverá recair num modelo de gama média (abaixo dos 1.000cc), tendo como características principais o conforto, a agilidade, a potência e a polivalência, sem esquecer a ergonomia (dimensões e peso), a fiabilidade e, claro está, o preço. 

Analisando os vários modelos existentes no mercado com estas características mas mais vocacionados para o asfalto, nas sport/adventure destaco, para além da (para mim óbvia) Honda VFR800X Crossrunner, a Yamaha Tracer 900. Já nas adventure/touring são a Triumph Tiger 800XR e a Ducati Multistrada 950 que captam a minha atenção.

Com diferentes configurações disponíveis sobre o conceito de “moto de aventura” e de características marcadamente vincadas pelo ADN de cada uma das marcas, para qual irá pender a minha decisão? 

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1 Motos concebidas para uma utilização abrangente e polivalente que, aparentemente, não se destacam particularmente em nada mas que, na realidade, são bastante competentes e conseguem fazer tudo, ou quase, de forma superior.