segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Boas Festas 2013

A ‘Fita de Asfalto’ deseja a todos um Feliz Natal e umas boas entradas no ano de 2014.

Aqui fica um presente tipo DIY que, salvo melhor aplicação, pode servir para aliviar o stress acumulado ao longo do ano com o constante e apertado controlo a que estamos sempre sujeitos (cortesia dos “raivosos” da FFMC): 


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Apesar da profunda crise que o país atravessa e que afecta tudo e todos, felizmente que nem tudo são más notícias para os motociclistas nos tempos mais próximos, pois parece que o fantasma das polémicas IPO (Inspecções Periódicas Obrigatórias) para as motas está para já afastado... até 2022. Será?

Boas Festas e Boas Curvas!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Museus e Colecções Particulares #5

Colecção de José Pereira

A maior colecção particular de motas antigas e clássicas em Portugal encontra-se sediada na Vila de Barrosas, Freguesia de Idães (Felgueiras) e é propriedade do empresário José Pereira, contando com cerca de um milhar de exemplares repartidos entre motas, motorizadas e scooters.

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A (recente) História

Contrariamente ao que muitas vezes acontece com as grandes colecções, que vão aumentando ao longo do tempo a partir de colecções mais pequenas e já existentes, a colecção de motas antigas e clássicas de José Pereira foi construída a partir do zero e há relativamente pouco tempo. 

Depois de uma vida inteira dedicada ao calçado, foi há cerca de 10 anos atrás que José Pereira decidiu entregar a indústria ao seu filho e começou a interessar-se mais a fundo pelo coleccionismo de motas e motorizadas, uma das suas grandes paixões desde jovem. De início foram adquiridos principalmente modelos nacionais de 50cc, mas com o passar dos anos e de diversas deslocações a feiras e leilões, foram chegando muitas outras máquinas de diferentes nacionalidades, como as francesas, as alemãs, as inglesas, as italianas, as americanas, etc.

Felizmente que José Pereira não olha só para os custos quando restaura uma determinada máquina. Acima de tudo valoriza cada exemplar como se de uma peça de arte se tratasse, seja ela uma Cucciolo, uma Famel, uma BMW ou uma Harley-Davidson. É graças a esta louvável abordagem que tem ajudado a salvar centenas de motas, motorizadas e scooters, preservando assim a história (e as histórias) associada a estes extraordinários veículos e a de todos os que, de alguma forma, estiveram ligados a eles. 

É realmente uma pena que uma colecção deste calibre não esteja acessível ao grande público, pois seria certamente motivo de grande regozijo para todos os amantes das duas rodas (e não só).

A exposição

Os (poucos) que tiveram a felicidade de conseguir visitar este local certamente que não perderam a oportunidade para admirar detalhadamente todos os magníficos modelos expostos, num pavilhão de 2.500 m2 construído de raiz para o efeito, cujo espaço foi dividido em “ilhas” para albergar os diversos tipos de motas. 


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Esta colecção de sonho conta com cerca de mil motas, motorizadas e scooters, das quais mais de metade estão impecavelmente restauradas. Para tal, José Pereira, homem simples e amigo, dá emprego a muita gente e tem vários mecânicos, chapeiros e pintores a trabalhar a tempo inteiro só para as motos!

A secção das motas mais “idosas” situa-se no rés-do-chão do museu e é constituída maioritariamente por francesas, belgas e suíças (a mais antiga é uma Minerva de 1901). 


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Segue-se o núcleo dos anos 10, 20 e 30 (entre as duas Guerras Mundiais), também com predominância das motas originárias de países francófonos. Incluída neste grupo encontra-se a misteriosa e aparentemente portuguesa Águia-Villers, uma monocilíndrica dos anos 30 com um motor Villers de 250cc, sobre a qual não se conhece a sua origem e que pode bem ser um exemplar único!

A misteriosa Águia-Villers de 250cc dos anos 30. Via

Relativamente à época do pós-guerra (anos 40 e 50) são as marcas inglesas que mais se destacam, com nomes conhecidos como a Triumph, a BSA, ou a Norton, mas também por lá se encontram algumas mais raras como a New Imperial ou a Zenith. 

As alemãs, bem como outras marcas da Europa Central, estão igualmente presentes no pavilhão, repartidas entre as BMW, as Jawa e as ČZ.

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Apesar da maior parte da colecção serem motas e motorizadas, as scooters também estão bem representadas com mais de 60 exemplares. E para além das tradicionais italianas Vespa e Lambretta, podem ainda ser admiradas scooters de locais tão diversos como o Japão, a Europa de Leste, a França, a Alemanha, a Inglaterra, etc. 


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Finalmente no primeiro andar (galeria) podem ser vistas as bicicletas, os ciclomotores, as motorizadas e outras scooters, num total de mais de 250 unidades!

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Na “cave” encontram-se ainda um grande número de motas, motorizadas e scooters à espera de restauro, que assim aguardam pacientemente pela sua oportunidade de brilharem junto das restantes. 


Muitas motas, motorizadas e scooters ainda por restaurar. Via 

De encher o olho!

Informações

Morada: Vila de Barrosas, Freguesia de Idães, Felgueiras 
GPS: Desconhecido (o proprietário deseja manter o local incógnito)
Não se encontra aberto ao público. 

Fontes: Revista “Da Moto Clássica” n.º 2 (2008), Revista “Moto Clássica” n.º 27 (2010) e Moto Clube do Porto