terça-feira, 16 de julho de 2019

Visto por aí #15

Apesar dos quase 30 anos de idade e de estar prestes a entrar para a categoria dos veículos clássicos, esta colorida BMW R100GS do início da década de 1990 chamava a atenção dos transeuntes numa rua perto da Igreja de San Jerónimo el Real em Madrid, Espanha:

BMW R100GS do início dos anos 90, vista em Madrid-Espanha (Junho de 2019). 

Em 1980 a BMW lançou a gama GS (inicialmente Gelände/Straße – off-road/road, depois Gelände Sport) motorizada pelo famoso bicilíndrico boxer (flat-twin) e transmissão secundária por veio, que se distinguia dos restantes modelos da marca pela sua configuração trail, com suspensões altas, posição de condução direita e roda da frente de maiores dimensões, tornando-se rapidamente num sério caso de sucesso que perdura até aos dias de hoje. 

A BMW R100GS em particular foi produzida durante os anos 1987-1996 e vinha equipada com um motor boxer de 980 cc a 4T refrigerado a ar, com 2 válvulas por cilindro, potência máxima de 60 bhp às 6.500 rpm e binário máximo de 76 Nm às 3.750 rpm, associado a uma caixa de 5 velocidades. A travagem é assegurada por um disco de f 285 mm na roda da frente e por um tambor de f 200 mm na roda de trás. A suspensão é efectuada através de forquilha telescópica na frente e pelo sistema Paralever na traseira (substituindo o sistema inicial Monolever).
Com um peso a seco de 210 kg, a R100GS conseguia atingir uma velocidade máxima na ordem dos 180 km/h.

Existe também uma versão designada por R100GS-PD (“Paris-Dakar”), inspirada no sucesso alcançado pelas R80G/S que dominaram a dura prova africana na primeira metade dos anos 80 (vitórias em 1981, 1983, 1984 e 1985), que basicamente é uma R100GS com um depósito de combustível maior, um guarda-lamas elevado na roda da frente e protecções para as mãos e motor. 

domingo, 7 de julho de 2019

Combinação Cushman

Subitamente o mundo encolheu! É esta a sensação que fica quando se observa esta curiosa combinação em ponto pequeno de veículos com motor Cushman, na forma de um carro com uma scooter em cima de um atrelado.

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O minicarro é de 1970, muito provavelmente originário de um carrossel, e apresenta uma carroçaria aberta de tipo desportivo em fibra de vidro, com uma estética cuidada, onde se destacam alguns pormenores bastante elegantes. As suas linhas foram inspiradas no Crosley Hotshot, o primeiro carro desportivo americano do pós-guerra que surgiu em 1949.

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A carroçaria encontra-se assente num chassis em aço, onde foi montado um pequeno motor Cushman “Husky” na sua secção traseira. O arranque é efectuado por intermédio de um motor eléctrico, com ignição por chave. Curiosamente a Cushman nunca produziu minicarros, dedicando-se essencialmente à produção do motor “Husky” a 4T que foi utilizado nas scooters e em outro tipo de equipamentos como corta-relvas, máquinas agrícolas, bombas e pequenos barcos.

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Ligado à traseira do carro surge um pequeno atrelado em aço que suporta uma scooter Cushman 53A de 1946, a variante civil da original Cushman 53 criada para proporcionar um meio de transporte simples para as tropas paraquedistas americanas durante a Segunda Guerra Mundial.

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A Cushman 53A vinha equipada com um motor monocilíndrico a 4 tempos, refrigerado a ar, com 242 cc de cilindrada e transmissão final por corrente, desenvolvendo uma potência de 4,6 hp. A aceleração é efectuada através de um punho rotativo (como seria de esperar), mas com a particularidade de este rodar para a frente e não para trás, para evitar que condutores menos experientes possam acelerar bruscamente e cair de costas. Com 115 kg de peso (254 lb), a Cushman 53A conseguia atingir uma velocidade máxima de 65 km/h (40 mph).

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Uma combinação verdadeiramente original e, muito provavelmente, única. 

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Fonte: Silodrome