terça-feira, 22 de maio de 2012

GP França Moto3 - Miguel Oliveira cai

Meio pelotão da classe Moto3 desistiu no G.P. de França, numa corrida disputada à chuva e com trambolhões para todos os gostos. Miguel Oliveira também foi “ao tapete” a nove voltas do final, desistindo assim quando seguia no comando.

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Miguel Oliveira voltou a estar entre os protagonistas da classe Moto3. Na pista de Le Mans, logo nos treinos assegurou o 3.º melhor tempo e nova presença na primeira fila da grelha de partida. O arranque não saiu da melhor forma ao piloto português, surgindo a fechar o lote do “top 10” após a negociação da primeira curva. Em condições difíceis – asfalto completamente molhado, chuva a cair e projecções de água levantadas pelas motos a dificultarem a visibilidade – no primeiro terço da corrida Oliveira foi ultrapassando adversários até ascender ao 2.º posto na oitava volta. E nele permanecia quando viu cair à sua frente Hector Faubel, na décima terceira passagem.

Novo comandante, Miguel Oliveira permaneceu concentrado, mas as corridas em piso molhado são deveras traiçoeiras. À décima sexta volta, quando tinha 1,5s de avanço sobre Maverick Viñales e Louis Rossi, à travagem para uma curva aconteceu a queda do lusitano, e consequente abandono. Pouco depois, também Viñales desistia por idêntico motivo, deixando ao francês Louis Rossi via aberta para um apetecido triunfo caseiro. Após o abandono, Oliveira referiu que entrou na corrida “de uma forma muito calma, pois as condições atmosféricas estavam muito complicadas. Procurei seguir o grupo da frente sem correr riscos. Depois de assumir o primeiro lugar, foi impondo o meu ritmo sempre de forma cautelosa. Mas a queda veio estragar tudo”. De resto, apenas cruzaram a meta 15 dos 30 pilotos que iniciaram a prova, e alguns dos resistentes também com quedas no activo.

Esta foi a quarta jornada do Campeonato do Mundo, no qual Miguel Oliveira ocupa agora a 16.ª posição, apenas com os 11 pontos marcados na jornada inaugural da competição, que prossegue no primeiro fim-de-semana de Junho com o G.P. da Catalunha.

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Campeonato: 1.º Sandro Cortese (KTM) 67 pontos; 2.º Maverick Viñales (FTR Honda) 55 pontos; 3.º Luis Salom (Kalex KTM) 49 pontos; 4.º Romano Frenati (FTR Honda) 45 pontos; 5.º Alex Rins (Suter Honda) 44 pontos; 6.º Alberto Moncayo (Kalex KTM) 33 pontos; ... 16.º Miguel Oliveira (Suter Honda) 11 pontos; etc.

Fonte: Federação de Motociclismo de Portugal

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Motorclássico 2012 #2/2

Com presença habitual neste evento, o Moto Clube de Sintra apresentou no seu stand belos exemplares de motas clássicas de estrada e de competição, entre as quais uma “racer” Triton T120R de 1973 (motor Triumph montado num quadro Featherbed da Norton) e uma Ariel Red Hunter de 1937 que foi conduzida por Ivo Canelas no filme Florbela de Vicente Alves do Ó. Uma palavra ainda para os passeios a organizar este ano pelo M. C. Sintra, o 4º Passeio de Ciclomotores Antigos (17 de Junho), o 1º Passeio Café Racer (5 de Agosto) e o 28º Passeio de Motas Antigas (1 e 2 de Setembro).

O stand do Moto Clube de Sintra com a Ariel Red Hunter de 1937 em primeiro plano.

As scooters estavam presentes na zona do Vespa Racing Portugal que promovia o Troféu Resistência Vespa através das endiabradas scooters italianas das equipas que conquistaram o pódio final nas classes 1 e 2 do troféu de 2011, dos amigos da Heinkel com alguns modelos da marca germânica (incluindo uma Perle 50cc) e fotos de uma viagem de quase 4.000 km à Alemanha em 2010 aos comandos de duas Tourist e do Vespa Clube Lisboa anunciando o 16º IberoVespa recentemente realizado na Vila de Mértola.

As Vespas vencedoras do Troféu Resistência Vespa de 2011.

Os amigos da Heinkel.

Espaço do Vespa Clube Lisboa.

Mas nem só de motas viveu o Salão Motorclássico, e nas quanto rodas refiro apenas alguns exemplares, entre muitos outros, como o “velhinho” Unic de 1909 do Museu do Caramulo, a exposição “Cavalos de Corrida” alusiva aos 65 Anos da Ferrari com belos exemplares da marca do “Cavallino Rampante”, os modelos puramente desportivos do “Motor Racing” (foi interessante rever o pequeno mas enérgico Renault 5 Turbo de ralis dos anos 80), diversos Mini Cooper S MkI dos anos 60 muito bem restaurados (que pena eu não ter um), um magnífico Chevrolet Corvette C1 dos anos 50/60 (mais de € 70.000,00!), um coupé Alfa Romeo Montreal dos anos 70, um elegante Alfa Romeo Giulietta Spider dos anos 50/60 e um espectacular Lamborghini Miura P400 SV do início dos anos 70 (motor V12 com 3929cc e 380cv).


Unic de 1909 e Morris Cooper S MkI dos anos 60.


Chevrolet Corvette C1 dos anos 50/60 e Lamborghini Miura P400 SV do início dos anos 70.

As bancas de peças, publicações, automobilia e miniaturas de colecção completavam o restante espaço coberto do certame, onde também se encontravam as duas revistas nacionais exclusivamente dedicadas aos motociclos e motas clássicas, a MCV-MotosClássicas & Vintage (com uma Garelli Mosquito Sport de 1963 e uma Casal K276 125cc de 1980 - € 1.300,00 -, ambas restauradas pelo editor Paulo Araújo e que já tinham marcado presença no Salão Automóvel e Motociclo Antigo-Clássico-Sport de Aveiro de 2011) e a SóClássicas (promovendo a 2ª edição do “seu” passeio Todos a Fátima para as 50cc com mais de 20 anos).

Revista MCV com o editor Paulo Araújo (na foto).

Revista SóClássicas com o editor Pedro Oliveira (na foto).

Por último uma palavra para a 2ª edição do Leilão Motorclássico - Veículos & Automobilia, organizado em parceria pela Leilocar, que teve muita gente interessada no decorrer das licitações, acabando por movimentar mais de 70 mil euros com a venda de 115 lotes.

Leilão Motorclássico - Veículos & Automobilia. 

domingo, 13 de maio de 2012

Motorclássico 2012 #1/2

A afluência de público no segundo dia (21 de Abril) do 8º Salão Motor Clássico, foi claramente inferior à edição do ano passado, mas os amantes dos clássicos que se deslocaram aos pavilhões da FIL, certamente que não deram por mal empregues os € 9 que pagaram pelo bilhete.

Muita coisa interessante podia (e devia) ser apreciada dentro e fora de portas, com os espaços repartidos entre as duas e as quatro rodas, onde se encontravam modelos para todos os gostos e bolsas, naturalmente, desde os de cariz mais “elegante” aos mais radicais e desportivos.


Vista geral. Via

Nas duas rodas e logo após a entrada no pavilhão, surgia à direita o stand do Museu do Caramulo que exibia esta bela Harley-Davidson WL 750cc de 1946, modelo utilizado Polícia de Estrada americana.


Harley-Davidson WL 750cc de 1946.

O restaurador setubalense José Botelho, especialista em motas inglesas, levou até à FIL alguns modelos já restaurados e outros à espera de alguém que se dedique a essa nobre tarefa. Nas restauradas estavam, entre outras, uma Ariel VH 500cc de 1954 (€ 8.000,00), uma Coventry Eagle G45a 350cc de 1931 (€ 15.000,00) e uma BMW R42 de 1927, estas duas últimas já conhecidas da edição anterior. Por restaurar encontrava-se uma Ariel Square Four MkII 1000cc de 1953 (que esteve no último mês de Março na Automobilia Ibérica da Moita - € 9.000,00) e uma BMW R60/2 600cc de 1964 (€ 7.500,00).


Coventry Eagle G45a 350cc de 1931. 

No espaço do ACP Clássicos surgiam duas verdadeiras preciosidades da mítica marca inglesa Vincent, uma Rapide 1000cc de 1953 e uma Comet 500cc de 1954, consideradas por muitos como sendo o expoente máximo da engenharia britânica nas duas rodas durante e após a 2ª Guerra Mundial. Só para ver estes belos e valiosos exemplares já valia a pena uma deslocação ao Motorclássico.


Vincent Rapide 1000cc de 1953.



Vincent Comet 500cc de 1954.

Mesmo ao lado e como que a fazerem companhia às Vincent, encontravam-se outras duas vistosas inglesas, uma AJS e uma Norton.


AJS.



Norton.

A exposição temática “Motos de Competição” fez as delícias dos amantes da velocidade, onde podiam ser admiradas algumas das máquinas que participam no Troféu Nacional de Motos Clássicas, entre elas as Yamaha TZ 250cc de 1981, 1984 e 350cc de 1979, uma Ducati MHR 900 (Mike Hailwood Réplica) de 1983, uma Moto Guzzi V7 Sport 750cc de 1974, uma Ossa 500 de 1971, uma Derbi 50 RAN (Réplica Angel Nieto) de 1973, uma Sachs 50cc de 1973 e uma mais antiga Rudge 500 Ulster de 1937. Mas a que chamou mais à atenção foi a “bomba” de Hermano Sobral, uma espectacular Suzuki RG500 de 1976 de GP com motor a 2T restaurada pelo especialista Nigel Everett (antigo mecânico do carismático piloto inglês Barry Sheene).


Exposição temática “Motos de Competição”.


Espetacular Suzuki RG500 de 1976 (moto de GP) de Hermano Sobral.

A 3 Ciprestes Cycles de Barcarena era a única representante da Kustom Kulture presente no Salão, uma cultura que surgiu nos Estados Unidos da América na década de 1950 e que tem como pilar principal a customização de veículos (motas e carros) envolvendo diversas áreas artísticas e profissionais como aerografia e pinstriping, para além de caracterizar um estilo de vida, sempre com uma imagem muito própria e normalmente associada às tatuagens, à moda e à musica dos anos 50.


3 Ciprestes Cycles.

Na zona do Jornal dos Clássicos encontrava-se uma Kawasaki Z1 900cc DOHC, a musculada superbike da década de 1970 da marca japonesa.


Kawasaki Z1 900cc DOHC da década de 1970.

Continua...