Não há dúvida que o mês de Agosto é uma das melhores alturas do ano para
fazer uma pausa e tirar uns dias de férias. Assim, desde 2010 que junto o útil
ao agradável e sigo estrada fora em direcção a La Bañeza para assistir às tradicionais
corridas de velocidade que se disputam nas ruas desta localidade leonesa, com
organização a cargo do Moto Clube Bañezano (apenas não consegui ir em 2011
devido a um pequeno problema de saúde).
É realmente um prazer ver que o GP de La Bañeza, o maior e o mais
importante evento de road races de
toda a Península Ibérica, mantém intactas não só as suas características
desportivas como também populares, que remontam já ao longínquo ano de 1952, e
que faz com que seja especialmente acarinhado pela grande afición espanhola.
Viagem
Trajecto da viagem a La
Bañeza.
Fiz-me então à estrada logo no dia 15 em direcção a terras no norte, mas
o primeiro destino foi a zona de Lousada para ver (bem) de perto e pela
primeira vez o GP
Senhora Aparecida. Um must! No
Domingo seguinte, dia 18, foi então tempo de rumar a Espanha, fazendo a viagem
de ida
pelo mesmo percurso do ano passado (via Alcañices), apenas com a alteração da
passagem pela estrada ZA-110 / LE-110 (desde Camarzana de Tera) em vez da mais
deteriorada estrada ZA-111 (desde Rionegro del Puente). A viagem de regresso
foi igualmente pelo mesmo percurso do ano passado (via Miranda do Douro),
passando pelo famoso Toro de
Osborne na estrada N-630 (Barcial del Barco) em direcção a Zamora.
À entrada da Cidade.
Chegando a La Bañeza e à medida que me aproximo da zona onde está
implementado o circuito urbano, é facilmente perceptível o aumento do número de
pessoas e de motas nas ruas e nos cafés/bares, num colorido muito próprio deste
tipo de eventos e sempre em ambiente descontraído e de festa que nuestros hermanos sabem fazer como
ninguém.
Ambiente
Depois de estacionar a VFR e do final do warm up das Clássicas 4T, percorro as ruas do circuito por entre tendas
de merchandising oficial (e não só)
em direcção às ruas junto à recta da meta onde está instalado o paddock improvisado com as equipas
participantes. Entretanto visito a IX
Feria del Motor La Bañeza (um espaço onde se pode negociar ou simplesmente admirar
diversos tipos de veículos clássicos e actuais, assim como peças e acessórios),
compro o DVD do filme documental “El Gran
Premio de La Bañeza” alusivo a estas road
races e vou apreciando algumas motas clássicas e customizadas que encontro pelo
caminho.
Ambiente descontraído nas
ruas de La Bañeza.
Modelos clássicos da Bultaco,
Montesa, Sanglas, Benelli, Hercules, entre outros, podiam ser vistos na
exposição da Asociación
Bañezana de Amigos de las Motas Clásicas na IX Feria del Motor.
Documentário ‘El Gran
Premio de La Bañeza’, uma mais-valia para a história do evento. Oscar Falagán
era certamente um homem feliz em La Bañeza.
Venda de merchandising
oficial e não só.
BMW R100RT de finais dos
anos 70/início dos anos 80. A primeira “Reise Tourer” (Travel Tourer) com
carenagem completa da marca bávara.
Ducati 500SL Pantah Desmo do
princípio dos anos 80. A geração inicial das actuais V-Twin.
Espectacular Café Racer
baseada numa Yamaha SR.
Clássicas
2T
Como habitualmente, a categoria das motas clássicas com motores a dois
tempos é quase exclusivamente reservada aos modelos de estrada das marcas
espanholas Bultaco, Montesa e Ossa (as eternas rivais). A excepção à regra pertencia
à marca barcelonesa Derbi (cujo nome deriva da contracção da expressão “DERivado
de BIcicleta”, tem no seu palmarés 18 títulos mundiais com as suas “Balas
Vermelhas” – oito de construtores e dez de pilotos – e integra actualmente o
poderoso grupo italiano Piaggio), com as pequenas e esguias RAN 50cc (Réplica Ángel
Nieto).
É certo que a azáfama das equipas começa muito antes das corridas, mas é
com o aproximar das mesmas que a movimentação se torna mais intensa. E não há
melhor local para apreciar toda esta agitação de máquinas, mecânicos e pilotos
que a zona do paddock (junto à recta
da meta), que em La Bañeza significa, felizmente, poder percorrer livremente
estas ruas para observar, fotografar ou simplesmente “estar lá” e absorver todo
este genuíno ambiente de corridas à moda antiga.
OSSA #41 (Moto Ruta Xativa)
de Moises Gimenez Roig.
BULTACO #88 (MC Alicante)
de Francisco Santa Cruz Garres.
OSSA #27 e #25 (Primera
Linea Racing) de Adrián Hermida Feal e de José Luis Garcia Hermida,
respectivamente.
MONTESA Impala #14 (Moto
Ruta Xativa) de Juan Antonio Martinez Ortola.
BULTACO #48 e OSSA #59 (100
Octanos Classic) de Ignacio Dolf Pla e de Miguel Cortijo Sanchez,
respectivamente.
MONTESA #93 (Motodes) de
José Rafael Royo Giménez.
DERBI RAN 50cc #1 e #2
(Moto Club Bañezano) de Manuel Antonio Suarez Fernandez e de Jose Maria Suarez
Fernandez, respectivamente.
Na corrida e com o melhor tempo efectuado nos treinos cronometrados de
Sábado à tarde, o piloto Sergio Fuertes Fernandez (MONTESA #16), vencedor em 2012,
saia rápido do primeiro lugar da grelha de partida, mas acabou por não
aproveitar esta vantagem e abandonou à oitava volta. E o caricato é que os
restantes pilotos da primeira linha da grelha também não tiveram melhor sorte, com
excepção de Moises Gimenez Roig (OSSA #41) que manteve a quarta posição no
final.
Feitas as contas, a corrida das rápidas Clássicas 2T foi ganha pelo
piloto Miguel Cortijo Sanchez (OSSA #59), segundo em 2012,
que saiu como um tiro da segunda linha da grelha (quinta posição) para ser o
primeiro a cruzar a meta no final das dez voltas ao circuito urbano. Nas
posições seguintes ficaram os pilotos José Rafael Royo Giménez (MONTESA #93) e
Abel Matilla Gómez (BULTACO #24) do moto clube local.
A primeira linha da grelha
de partida, com Sergio Fuertes Fernandez na pole position (vencedor em 2012) com
a sua MONTESA #16 (MC Carlet), seguido de Jorge Cabanes Catala em BULTACO #22
(Piston), de Adrián Hermida Feal em OSSA #27 (Primera Linea Racing) e de Moises
Gimenez Roig em OSSA #41 (Moto Ruta Xativa).
Início da prova.
Miguel Cortijo Sanchez (OSSA
#59) ganha a corrida das Clássicas 2T.
Consagração dos vencedores
junto à linha de meta.
Pódio: 1.º lugar Miguel Cortijo Sanchez, OSSA #59 (100 Octanos); 2.º lugar José Rafael Royo Giménez, MONTESA
#93 (Motodes); 3.º lugar Abel
Matilla Gómez, BULTACO #24 (Moto Club Bañezano).
Continua...
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