Depois da extraordinária vitória
de Hélder Rodrigues em 2011, foi agora a vez de Paulo “Speedy” Gonçalves
sagrar-se Campeão do Mundo de Ralis TT, fechando com chave de ouro a época de
2013 com uma vitória na última prova do campeonato, o Rali de Marrocos.
Aos 34 anos de idade, o piloto de Esposende é o que conta com mais
títulos nacionais alcançados no historial da FMP – nada menos de 24, repartidos
pelo Motocross, Supercross, Enduro e TT. A nível internacional, este título
mundial passa a constituir a mais expressiva coroa de glória na carreira do
piloto, também marcada por algumas lesões – nomeadamente no “Dakar” – que
anteriormente o privaram de expressar em mais resultados de topo a sua valia
competitiva.
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Em Marrocos, Gonçalves e o seu rival, Marc Coma, terminaram a competição
com o mesmo número de pontos brutos – 124 – mas o lusitano alcança o título
face à regra de descontar o pior resultado da época. Assim, teve de retirar
apenas 13 pontos ao seu pecúlio, contra os 17 descontados por Coma. Neste Rali,
disputado em seis etapas, participaram 84 pilotos nas hostes motociclísticas, e
Paulo Gonçalves esteve sempre em posição de destaque. Ganhou duas tiradas, a
segunda e a quarta, que o catapultaram para a liderança da “geral” nesses dias.
No penúltimo dia foi apenas 5.º e baixou para 2.º da classificação absoluta,
atrás do seu companheiro Joan Barreda, mas mantendo à rectaguarda Marc Coma.
Gonçalves arrancou para a etapa final apenas com 14 segundos de vantagem
sobre Coma. Embora apenas tenha sido 5.º classificado neste dia, controlou da
melhor forma a situação, ganhando mais 3m30s ao piloto espanhol. Além disso,
face ao tempo perdido por Barreda, obteve mesmo a vitória na prova, assegurando
a conquista do título mundial.
“Hoje é
um dia de grandes emoções, este foi um campeonato disputado até ao último
minuto”, declarou Gonçalves. “No final
sagrei-me campeão do mundo e isso é fruto de um grande trabalho e empenho de
toda uma equipa que trabalhou muito por este resultado! Obrigada a toda equipa
HRC Speedbrain! O título é nosso!”.
Quanto aos restantes pilotos portugueses, Hélder Rodrigues foi tocado
pelo azar logo na segunda etapa e ficou parado a poucos quilómetros do final, a
contas com problemas eléctricos, sendo rebocado por uma moto da organização. Rodrigues
continuou em acção, mas naturalmente muito atrasado por 9h40m de penalização.
Nos dias seguintes esteve sempre entre os oito mais rápidos, culminando com o
2.º posto na derradeira etapa, mas concluiu a função num inexpressivo 32.º
lugar.
Menos sorte ainda teve Ruben Faria, forçado a desistir após duas etapas,
devido a problemas físicos, pois o algarvio ainda se ressente da lesão num
pulso, fracturado no Rali dos Sertões, e nessas circunstâncias preferiu não
forçar qualquer agravamento que ponha em causa a sua presença no próximo
“Dakar”.
Classificação: 1.º Paulo Gonçalves (Honda)
17h08m59s; 2.º Marc Coma (KTM) a 3.44; 3.º Joan Barreda (Honda) a 7.39; 4.º
Francisco Lopez (KTM) a 32.58; 5.º Sam Sunderland (Honda) a 45.57; 6.º Ben
Grabham (KTM) a 55.08; ... 32.º Hélder
Rodrigues (Honda) a 9h56.49; etc.
Campeonato (pontos úteis): 1.º Paulo Gonçalves, 111; 2.º Marc Coma, 107; 3.º Jakub Przygonski,
55; 4.º Cyril Despres, 47; 5.º Francisco Lopez, 46; etc.
Via
Nova proeza histórica para o motociclismo português e que abre excelentes
perspectivas para o próximo Dakar, que terá na equipa oficial da Honda HRC uma séria
candidata à vitória final, sob a liderança de Hélder Rodrigues e dos seus demais
pilotos (entre os quais se encontra Paulo Gonçalves) aos comandos da recente
CRF450 Rally.
Fonte: Federação
de Motociclismo de Portugal
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