A história da Royal Enfield ‘Flying Flea’ é certamente pouco comuns entre as motas, desde as suas origens onde descaradamente foi como uma “bofetada” para os Nazis, até à sua utilização militar durante o período da 2.ª Grande Guerra onde foi literalmente empurrada de aviões, incluindo a sua extravagante (mas funcional) suspensão dianteira com tiras de borracha.
Pouco usual para a Royal Enfield foi o facto da ‘Pulga Voadora’ não ser de design próprio, sendo maioritariamente uma cópia da Germânica DKW RT98 de 98cc, cujo modelo tinha um grande volume de vendas na Holanda antes da 2.ª Guerra Mundial, a ‘Model RE’, tal como era oficialmente conhecida na Grã-bretanha, foi posteriormente integrada no serviço militar.
Com um motor monocilindrico de 125 cc a dois tempos e uma caixa de 3 velocidades, tinha como principal característica o seu peso reduzido, que permitia que fosse largada de pára-quedas dentro de uma estrutura tubular (foto em baixo), também ela produzida pela Royal Enfield. A alcunha de ‘Pulga Voadora’ (‘Flying Flea’) veio naturalmente.
Em teoria, o reduzido peso da mota também permitia que fosse levantada de forma a ultrapassar alguns obstáculos, tais como muros de pedra e árvores caídas, transformando-a numa verdadeira todo-o-terreno. Na realidade, um soldado podia levantar (com algum custo) a ‘Pulga Voadora’, já que o peso desta máquina era cerca de 57 kg.
Outra das particularidades da ‘Pulga Voadora’ era a sua suspensão dianteira com uma forquilha tipo ‘girder’, copiada da DKW, com um funcionamento através de tiras de borracha, onde duas delas efectuavam o amortecimento da mota no movimento de compressão e a terceira fornecia a recuperação do sistema.
Depois da guerra, a Royal Enfield continuou a produzir esta pequena mota e a introduzir melhorias nos seus modelos para utilização civil até 1962.
Fonte: Ride the Machine
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