Motas, gente e animação nas
ruas do LxFactory.
A aposta da organização em
criar um evento original e internacional cujo formato envolvesse a arte, as
motas personalizadas e o lifestyle associado
revelou-se verdadeiramente ganhadora, expressa pela elevada adesão de
motociclistas e entusiastas das subculturas urbanas, que quiseram marcar
presença no espaço do LxFactory, em Lisboa.
Motas, gente e animação nas
ruas do LxFactory.
Durante a tarde de Sábado do dia 27 de Abril pude testemunhar um ambiente
de grande convívio entre todos os presentes, bem como uma grande quantidade e
qualidade de motas de diferentes estilos (café racer, tracker, bobber,
scrambler, brat, custom e afins) estacionadas na rua principal, em frente à
livraria Ler Devagar que servia de quartel-general do Art&Moto
Lisboa e que albergava a pequena exposição de artes plásticas, ilustração, pintura
e fotografia de alguns artistas portugueses e espanhóis.
A livraria Ler Devagar
acolheu este Arte&Moto Lisboa, com a Honda CS_01 “Gravedigger”
em destaque (uma criação dos nortenhos Osvaldo Coutinho e Alexandre Santos da it
roCkS!bikes com base numa Honda CB750 de 1992).
Entrada da exposição dos
trabalhos de alguns artistas portugueses e espanhóis, com um ícone das motorizadas
desportivas portuguesas, a célebre SIS Sachs V5.
Uma das vantagens de ver este tipo de motas ao vivo é ter a
possibilidade de apreciar todos os detalhes e pormenores construtivos presentes
nestas máquinas, onde é notório o empenho e dedicação que criadores e
construtores colocaram na sua concepção, das mais profissionais às mais amadoras.
Destaco aqui algumas das que me chamaram mais a atenção, constatando com agrado
que a produção nacional1
não fica nada atrás do que se faz noutras paragens, muito pelo contrário:
Grande convívio entre os
presentes, nacionais e estrangeiros.
BMW R90S café
racer (1974).
Royal-Einfeld custom.
Honda CB 750 Kz ‘Cíclope’ (1980),
dos espanhóis da CRD
– Cafe Racer Dreams.
BMW R80 'Dark Law',
magnífico trabalho dos portuenses da Ton-up
Garage.
BSA Lightning
650 ‘ZZ TOP’ (1970).
Triumph Thruxton ‘Mighty
Blue’, uma tracker da autoria os lisboetas da Maria
Motorcycles.
Honda 350 Four café racer.
Triumph Trident bastante
modificada (frente de uma ZXR750, aros Excel, travões Billet) mais ao estilo café
fighter, de Hugo Ramos da revista REV – Motorcycle Culture.
Versão colorida da Sanglas
400 Y (motor Yamaha XS400) dos madrilenos da CRO
- Cafe Racer Obsession.
O movimento em torno da cultura café racer/custom/vintage está em alta e
em grande expansão um pouco por todo o lado, cada vez com mais e melhores
trabalhos a serem criados, numa clara demonstração de inconformismo e de afirmação
pelo alternativo e pessoal, com um regresso às origens e ao que é essencial e
importante para uma mota: motor, ciclística e estilo próprio. Talvez os
motociclistas estejam a ficar um pouco cansados de tanta tecnologia e da falta
de “personalidade” da maioria das motas actuais...
Parabéns à organização!
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1 Para
além das exposições, gostaria também de ver na estrada algumas das
mais emblemáticas motas nacionais do género, como por exemplo a BMW R45 Café
Racer, a Yamaha XS2 650 REV/351 Works ou a já referida Honda CS_01 “Gravedigger”,
todas elas presentes no último Lisboa
Moto Show.
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