Desliguei a ignição da minha mota junto a uma das bombas de gasolina da
Área de Serviço de Palmela na A2. O relógio marcava 06:20 AM. Atestei a mota,
encontrei-me com o companheiro de viagem e tomei o café da manhã para me manter
acordado durante os cerca de 230 km que tínhamos pela frente até ao Sítio do
Escampadinho, Mexilhoeira Grande. O dia de Domingo (9 de Junho) apresentava-se bastante
nublado e a ameaça de aguaceiros era bem real, mas isso não intimidou a VFR e a
Thundercat que, sem mais demoras, se fizeram à estrada para as cerca de três
horas de viagem para Sul com destino ao Autódromo Internacional do Algarve
(AIA). As corridas esperavam-nos!
Viagem de ida (A2[Grândola]-IP8/IC33-N120[Santiago
do Cacém-Cercal-Odemira-Odeceixe-Aljezur]-N267[Águas Belas]-AIA) e de regresso
(AIA-N267[Nave]-N266[Ceiceira]-N267/M542[São Marcos da Serra]-IC1).
Pouco passava das 9:30 AM quando estacionámos as motas em frente das
bilheteiras do circuito para levantar os bilhetes e saber se ainda era possível
inscrever para a Bike Parade. O ronco das SBK a cada passagem pela recta da
meta (warm up) criava espectativa. Foi
então com dupla satisfação que, não só conseguimos as pulseiras amarelas que
nos davam acesso à Bike Parade, como ainda fomos incluídos nos primeiros 25 abrangidos
pela promoção
da revista Motociclismo. O dia estava a correr bem!
Dirigimo-nos para a zona de estacionamento atrás da bancada C (TMN),
situada em frente e no final da recta da meta, onde acabámos por assentar
arraiais já quase na bancada D, num local que garantia uma vista magnífica
sobre as curvas 1, 2, 3 e 4 do circuito. A boa instalação sonora existente no
local era uma mais-valia para ir acompanhando o que se passava no circuito.
Nota negativa para a fraca adesão do público que deixou a maioria das bancadas
“às moscas” (penso que continua a faltar maior divulgação deste tipo de eventos,
nomeadamente na comunicação social a nível nacional – se fosse o futebol a
coisa seria certamente diferente... infelizmente!).
Aspecto desolador da
bancada C (TMN). Uma pena!
As
corridas
É sabido que o Campeonato do Mundo de Superbikes (incluindo as restantes
categorias) é um campeonato muito competitivo e que proporciona sempre corridas
bastante disputadas até à bandeirada de xadrez. E esta ronda portuguesa de 2013
não foi excepção, com acesos despiques entre os vários pilotos que se traduziu
numa grande animação durante as voltas percorridas ao circuito de Portimão.
Superstock600
A primeira corrida do fim-de-semana foi disputada no Sábado (8 de Junho)
entre as Superstock600 do Campeonato Europeu, num total de 10 voltas (45,920 km).
A vitória coube ao piloto italiano Franco Morbidelli (Kawasaki ZX-6R #12 – San Carlo
Team Italia), seguido pelo piloto belga Gauthier Duwelz (Yamaha YZF R6 #52 –
MTM-MVR Racing Team) e pelo piloto suíço Bastien Chesaux (Honda CBR600RR #8 –
EAB Tem Kate Junior Team).
Via
Superstock1000
No Domingo, coube às Superstock1000 da Taça FIM abrir as hostilidades em
pista com uma corrida de 12 voltas ao traçado, com a pole-position garantida pelo piloto francês Sylvain Barrier (BMW S1000
RR HP4 #1 – BMW Motorrad GoldBet STK). No final dos 55,104 km foi igualmente o
piloto francês Sylvain Barrier que levou a melhor sobre o pelotão. Os restantes
lugares do pódio foram conquistados pelo piloto italiano Eddi La Marra (Ducati
1199 Panigale R #47 – Barni Racing Team) e pelo piloto francês Jeremy Guarnoni (Kawasaki
ZX-10R #11 – MRS Kawasaki).
Início da corrida de
Superstock1000.
A participação lusa foi assegurada pelo jovem piloto lisboeta Ivo Lopes
(Suzuki GSX-R 1000 K9 #75 – HM Racing Team) através de wild-card, que enfrentou adversários com um andamento bastante
diferente daquele a que está habituado no Campeonato Nacional de Velocidade. Ivo
partiu da 25.ª posição da grelha e terminou a corrida no 22.º lugar, a 58,741
segundos do vencedor.
Ivo Lopes com a Suzuki
GSX-R 1000 após terminar a corrida de Superstock1000.
Via
Superbike 1
Na primeira corrida reservada à categoria principal (Superbike), o
piloto britânico Tom Sykes (Kawasaki ZX-10R #66 – Kawasaki Racing Team)
saía da pole-position graças ao
melhor tempo efectuado no final das sessões de superpole de Sábado. Após uma intensa luta pela primeira posição
durante as 22 voltas (101,024 km), esta ficou na posse do piloto italiano Marco
Melandri (BMW S1000 RR #33 – BMW Motorrad GoldBet SBK). Separado por apenas
0,007 segundos ficou o piloto francês Sylvain Guintoli (Aprilia RSV4 Factory
#50 – Aprilia Racing Team) e a 4,224 segundos o piloto britânico Tom Sykes.
Final da 1.ª corrida de
Superbikes.
Via
Supersport
O programa prosseguiu com a corrida de Supersport, com um total de 20
voltas ao circuito. Na frente da grelha de partida encontrava-se o piloto
britânico Sam Lowes (Yamaha YZF R6 #11 – Yakhnich Motorsport) que no final dos
91,840 km também conquistava a vitória (suada) na corrida, à frente dos dois
pilotos da MAHI Racing Team India, o francês Fabien Foret (Kawasaki ZX-6R #99)
e o turco Kenan Sofuoglu (Kawasaki ZX-6R #54).
Grande animação na corrida
de Supersport.
O piloto algarvio Miguel Praia (Honda CBR600RR #117 – Team Lorini),
agora com wild-card após seis anos de
participação no Campeonato do Mundo de Supersport com equipa portuguesa Parkalgar,
saiu do 29.º lugar da grelha de partida e concluiu a corrida na 20.ª posição, a
59,022 segundos do vencedor.
Miguel Praia com a Honda
CBR600RR no final da corrida de Supersport.
Via
Continua...
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