Cartaz do 65.º GP de Macau.
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Inserido no 65.º Grande Prémio de Macau, disputou-se no dia 17 de
Novembro a 52.ª edição do GP de Motociclismo que contou mais uma vez com a
presença do piloto luso André
Pires no carismático Circuito da Guia, aos comandos da sua Yamaha R1 #14 do
Team FastBike/Beauty Machines.
Circuito da Guia. Via
Na sua sexta participação em Macau, o ex-campeão nacional (actualmente o
único português que está dentro dos parâmetros de convite da organização deste GP
asiático) conseguiu qualificar-se na 21.ª posição entre 28 participantes (com três
deles a não conseguirem um lugar na grelha de partida), cumprindo assim o seu
primeiro objectivo do evento.
André Pires (Yamaha R1 #14 – Team FastBike/Beauty Machines). Via
Não sendo um piloto profissional, André Pires encara a sua participação
no GP de Macau de Motociclismo como a corrida mais importante da época, num
local icónico e que diz muito aos portugueses, onde “a afluência é maior (os chineses também gostam muito das corridas), em
si a cidade é espectacular, parece um sonho lá, as luzes, tudo grande, os
casinos, depois a envolvência com os carros, com os GT’s, com a Fórmula 3, o WTCC,
as motos junto com os carros (...) e ter os pilotos todos juntos também é algo
que torna a prova única e mítica“.
Com um ambiente diferente das outras provas de pista, é fundamental para
o piloto manter-se focado, andar com segurança e chegar ao fim. E para atingir
este objectivo numa pista exigente e perigosa como é o Circuito da Guia, o
segredo é “andar sempre concentrado, não
arriscar, fazer o que sabemos e acreditar”, refere Pires.
André Pires foi 19.º em
Macau. Via
Foi desta forma que o piloto de Vila Pouca de Aguiar concluiu as oito
voltas ao Circuito da Guia na 19.ª posição, a pouco menos de 1 minuto e 15
segundos do vencedor, não conseguindo melhorar a sua prestação na prova que foi
obtida em 2013
com a 13.ª posição final.
Classificação final do 52.º
GP de Macau de Motociclismo. Via
Numa corrida intensa e bem disputada, as bandeiras vermelhas surgiram
depois dos pilotos britânicos Phil Crowe e Ben Wylie se terem envolvido num
incidente, sem que nenhum deles se tenha magoado seriamente. Os resultados
foram declarados após oito voltas.
Assim, no topo da classificação ficou o britânico Peter Hickman (BMW
S1000RR #88 – Aspire-Ho by Bathams Racing), naquela que foi a sua terceira
vitória em Macau depois dos triunfos em 2015 e 2016. Hickman assegurou um
conjunto de estreias, ao converter a pole-position
em vitória e ao adicionar a volta mais rápida ao seu pecúlio por alguma margem.
“Na terceira volta pensei, vou
concentrar-me um pouco e tentar criar uma pequena vantagem e ver se a consigo
gerir, que foi basicamente o que fiz. Depois de metade da distância, voltei a
focar-me e desci ao segundo vinte e quatro, o que aumentou novamente a minha
vantagem. É fantástico para mim. Para a Aspire-Ho e Bathams, uma vitória aqui é
verdadeiramente brilhante”, referiu Hickman.
No segundo lugar ficou uma vez mais Michael Rutter (Honda RC213V #8 – Aspire-Ho
by Bathams Racing). Para Rutter, este foi o seu décimo nono pódio desde que se
estreou em 1994: “A moto arrancou muito
bem da grelha de partida e consegui à justa ficar à frente do ‘Pete’ na
primeira curva. Pensei, isto não está certo, não está a acontecer! Foquei-me.
Quando ele me passou a voar e pensei que ficaria no seu encalço, ele afastou-se
bastante em apenas uma volta, deixando-me a pensar como embaraçoso estava a
ser, tinha de me concentrar. Comecei a fazer os tempos dele e a sentir-me
confortável. Podia ver um pouco de desgaste no pneu traseiro Dunlop dele e
pensei que não ia durar, mas parece que ele conseguiu manter o ritmo. Para ser
honesto com o ‘Pete’, ele parecia estar em carris!”.
Com seis pódios em dez visitas, mas com a vitória a continuar a
escapar-lhe, Martin Jessopp (Ducati Panigale 1199 #40 – Tak Chun Group by PBM)
mesmo assim estava entusiasmado com a sua terceira posição na corrida: “não entrei em pânico no arranque. Estávamos
todos no mesmo grupo e pensei que não era um problema, se pudesse passar alguns
rapazes. Mas esta moto é muito nova para mim. Competi com a mesma mota ao longo
de seis anos e nunca ganhei, portanto, por que não tentar algo diferente?
Pilotei a moto aqui um par de dias com muito respeito por ela e pelo circuito e
não tentei apressar nada. Seria sempre difícil frente a uma competição tão
forte. Por muito louco que possa parecer, adoraria ter outra corrida amanhã!”.
Pódio 100% britânico (da
esquerda para a direita: Michael Rutter, Peter Hickman e Martin Jessopp). Via
Fontes: Grande
Prémio de Macau, Federação
de Motociclismo de Portugal e Motojornal
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