terça-feira, 8 de novembro de 2022

MotoGP 2022 - Miguel Oliveira em 10º

Com duas saborosas vitórias no GP Indonésia (Circuito Mandalika) e no GP Tailândia (Circuito Chang International), em duas corridas à chuva onde a diferença de performance da KTM face às suas rivais do pelotão não foi tão notória, Miguel Oliveira demonstrou todos os seus dotes de condução neste tipo de condições difíceis, assegurando a suas quarta e quinta vitórias na categoria rainha do motociclismo de velocidade.
 
Miguel Oliveira em acção no GP Valência. Via
 
O piloto de Almada comenta assim o seu resultado final na temporada de 2022 no MotoGP: “(...) 10.º no campeonato, neste grupo tão de elite de pilotos que temos no mundial, com a nossa moto com todos os altos e baixos que tive este ano, sair com o décimo lugar não é mau de todo. É positivo”, adicionando ainda em declarações divulgadas pela própria KTM que “O 10.º lugar no campeonato não era o objetivo e podíamos ter conseguido o 8.º”, revelando então algum desapontamento por ter falhado o objetivo que tinha traçado para este fim de temporada de MotoGP.
 
Resumo da prestação de Miguel Oliveira nas 20 corridas de MotoGP:
 
06 Março - GP Qatar (Circuito Losail) – Abandono [queda] (0 pts.).
– Pausa de Verão –
 
Classificação final: 1.º Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team – #63), 265 pts.; 2.º Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP – #20), 248 pts.; 3.º Enea Bastianini (Gresini Racing MotoGP – #23), 219 pts.; 4.º Aleix Espargaro (Aprilia Racing – #41), 212 pts.; 5.º Jack Miller (Ducati Lenovo Team – #43), 189 pts.; ... ; 10.º Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory Racing – #88), 149 pts.; etc.
 
Feitas as contas no final do campeonato, o piloto Francesco Bagnaia é o novo Campeão do Mundo de MotoGP com a Ducati oficial, um enorme feito para o italiano já que foi o piloto que garantiu mais vitórias em 2022, que liderou mais voltas em corrida, e que é também o piloto que leva o prémio de maior número de “pole position” conquistadas. Para a Ducati, esta é uma temporada de ouro, pois para além dos títulos de construtor e equipas, adiciona ainda o tão ambicionado título de pilotos que lhes escapava desde 2007, com Casey Stoner. A Ducati garante assim o triplete de MotoGP.
 
Quanto a Miguel Oliveira e no rescaldo do GP Valência, o piloto luso faz um balanço do que foram os muitos anos a competir aos comandos das motos “laranja”: “É um momento emotivo porque é uma despedida depois de vários anos de ligação com a KTM, muitas conquistas, muitas emoções partilhadas, boas e más, mas o nosso desporto é feito disso mesmo, qualquer vida desportiva é feita de altos e baixos, mas como eu disse ontem não deixei nenhuma gota de suor dentro do corpo por gastar. Estou orgulhoso do percurso que fiz com a KTM, muitas das vezes fiquei aquém daquilo que sou capaz de fazer, tal como hoje, mas saindo de 14.º não podia esperar muito mais”.
 
Miguel Oliveira disse então adeus à KTM RC16 e está muito perto de se estrear em pista aos comandos da sua nova moto, num teste agendado para o circuito valenciano. Apesar de continuar sob contrato da KTM até ao final do ano, Miguel Oliveira juntou-se à sua nova equipa RNF Aprilia, liderada pelo malaio Razlan Razali, onde o piloto português (ao lado do seu novo companheiro de equipa Raul Fernandez) se sentou pela primeira vez na sua nova moto de 2023, a Aprilia RS-GP.
 
Miguel Oliveira na equipa RNF Aprilia onde vai correr em 2023. Via
    
Miguel Oliveira está assim prestes a iniciar uma nova vida no MotoGP, aos comandos de uma moto com motor V4, tal como é a KTM RC16 que pilotou durante quatro temporadas, mas agora equipada com um quadro dupla trave em alumínio e suspensões Öhlins, elementos que contrastam bastante com o quadro austríaco e com as suspensões WP, propriedade da KTM.
 
Força Miguel!

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